O objetivo de derrubada do sigilo é verificar, por meio de registros telefônicos, se houve contato com outros investigados na Lava Jato. A solicitação ao STJ, feita pela Polícia Federal, vai analisar telefonemas feitos antes da campanha de Cabral ao Governo do Rio de Janeiro, em 2010, em busca de provas do envolvimento dos personagens. A decisão foi proferida pelo ministro Luís Felipe Salomão, relator dos inquéritos da Lava Jato em tramitação naquela corte.
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Depondo em regime de delação premiada em busca de redução de pena, Paulo Roberto Costa disse ter negociado doação de R$ 30 milhões para a campanha de Cabral em 2010. Na época, Pezão compôs a chapa do PMDB como candidato a vice-governador. Segundo Costa, o montante foi repassado à campanha de maneira clandestina, por fornecedores da Petrobras, e não via doação legal junto à legislação eleitoral. Ainda de acordo com o ex-diretor, o valor foi definido em um encontro que reuniu os três acusados.
Pezão nega ter havido o encontro e, em defesa enviada ao STJ em março, diz que a denúncia não procede. O governador lembra ter enfrentado o governo e a própria Petrobras devido à redefinição do modelo de divisão dos royalties do petróleo, em 2010, com efeitos na arrecadação do Estado do Rio de Janeiro.
Acre
O governador do Acre, Tião Viana, também foi acusado por Costa pelos mesmos desmandos atribuídos a Pezão, Cabral e Regis durante a campanha de 2010. Nesse caso, com valor menor: R$ 300 mil supostamente doados clandestinamente. Também investigado pelo STJ, Viana nega a acusação e diz garantir a regularidade de suas contas de campanha junto à Justiça Eleitoral.
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