Lula foi à sede da PGR acompanhado do advogado Sigmaringa Seixas, que o defende nesse caso. O ex-presidente é suspeito de receber pagamentos e vantagens de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas a Odebrecht e a OAS, como operadoras do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras. Ele nega as acusações e se diz vítima de perseguição político-judicial.
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Atento às movimentações do processo de impeachment que tramita na Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, Lula esteve em Brasília nos últimos dias e participou de reuniões com aliados, mas já deixou a capita federal. Em discurso em um dos atos em defesa ao governo na semana passada, ele chegou a dizer que, se tudo desse certo, ele tomaria posse na Casa Civil ainda nesta quinta-feira (7). A questão está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), e sem data para ser resolvida – hoje, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF parecer contra a posse do petista.
Mais cedo, o ministro do STF Teori Zavascki decidiu colocar em segredo de Justiça parte das investigações contra Lula. A decisão foi tomada após a corte receber do juiz federal Sérgio Moro os áudios em que a presidente Dilma Rousseff e ministros do governo aparecem em conversas com Lula, que estava sob monitoramento da Polícia Federal.
No mês passado, a corte decidiu que as investigações envolvendo o ex-presidente devem permanecer no STF, por envolver conversas entre Lula e autoridades com foro privilegiado. Os diálogos foram divulgados após a decisão de Moro em retirar o sigilo das investigações.
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