De acordo com Abubakir, os pagamentos foram realizados após a criação da petroquímica Quattor, fundada em 2008 a partir de uma sociedade entre a Unipar e a Petrobras. O empresário relatou em novembro do ano passado ao Ministério Público Federal que procurou Negromonte e Janene para ajudá-lo a “manter a Unipar no mercado”. A conversa aconteceu após a compra da petroquímica Suzano – concorrente da Unipar à época – pela Petrobras.
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Depois da criação da Quattor, o ex-ministro e o ex-deputado marcaram uma reunião em um hotel no Rio de Janeiro. Na ocasião, Janene teria pedido R$ 18 milhões pelo “suposto fato de o PP e de ele próprio terem dado apoio político à empresa Unipar”. O valor da propina teria motivado uma acirrada discussão entre Abubakir e o ex-deputado.
O empresário contou que passou a ser chantageado por Janene. “Sentindo-se pressionado, o depoente repassou os R$ 18 milhões, por meio da Ceema (Construções e Meio Ambiente Ltda.)”. O proprietário da empresa, o baiano José da Silva Mattos Neto, foi quem apresentou Abubakir a Negromonte.
Em seu depoimento, Abubakir ainda diz que Janene continuou a extorqui-lo mesmo depois do repasse. Por medo, o empresário confirmou que fez novos pagamentos ao ex-deputado.
Os fatos relatados pelo novo delator da Lava Jato confirmam os depoimentos do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A defesa do ex-ministro Mário Negromonte nega o recebimento da propina.
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