O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a abertura de inquérito para apurar o suposto pagamento de R$ 20 milhões em propina ao ministro Gilberto Kassab (PSD). Ele é acusado pelos ex-executivos da JBS de receber propina mensal por cerca de seis anos e de vender apoio político nas eleições de 2014, pago via doação oficial.
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De acordo com as delações premiadas de Wesley Batista e Ricardo Saud, o ministro e ex-prefeito de São Paulo teria recebido, entre 2009 e 2015 R$ 350 mil por mês por aluguel de caminhões enquanto era prefeito da capital paulista e por prometido apoio do PSD, sigla que preside, à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em troca de doações da J&F. Os valores pagos ao PSD em troca do apoio foram pagos por doações oficiais. O ministro nega.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações também é investigado na Lava Jato, apontado nas delações da Odebrecht como recebedor de R$ 21 milhões da empreiteira entre 2008 e 2014. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu, em dezembro, o bloqueio dos bens do ministro, que foi prefeito de São Paulo entre 2006 e 2012.
Após o STF levantar os sigilos das delações da JBS, em julho do ano passado, Kassab virou alvo de um processo de investigação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
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