O líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Júnior (BA), afirmou que o apoio à candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para presidência da Casa reduz “o preço do fisiologismo” e segue o princípio da proporcionalidade. Para o tucano, a disputa entre as candidaturas petista e de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) provocam apenas a negociação de vantagens.
“Quando você apóia o Chinaglia, você baixa o preço do fisiologismo. A candidatura agora é institucional e os que votariam nele por corporativismo, em troca de vantagens, numa negociação caso a caso, não terão mais essa brecha”, disse Jutahy em entrevista à Folha de São Paulo.
O líder é um dos responsáveis pelo anúncio do apoio, mas a postura causou tensão entre os tucanos que se dividiram. Apesar das declarações do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso de que a decisão fora precipitada, Jutahy disse não exister racha no PSDB.
“Não [há crise]. Os deputados José Aníbal, Sílvio Torres e Paulo Renato não gostaram. Eles querem candidatura alternativa, só que não há chance de prosperar, porque o movimento não tem viabilidade. O PSDB não tem o direito à presidência. O eleitor não nos deu esse direito.”
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Para o deputado, é necessário respeitar a proporcionalidade, caso contrário pode-se cair no “vale-tudo”. Contudo, Jutahy afirmou achar justo o acordo que garantirá a vice-presidência da Casa para o próprio partido. “É legítimo, faz parte das negociações”, disse ele à colunista Eliane Cantanhêde.
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