A Justiça Federal decidiu soltar o diretor do Departamento Rodoviário S/A (Dersa), Pedro Paulo Dantas Amaral, e outros quatro presos na semana passada pela Polícia Federal (PF) a operação Pedra no Caminho, que investiga o desvio de até R$ 600 milhões das obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo.
A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, afirma que não é necessária a manutenção da prisão dos investigados para a continuidade da operação.
Além do diretor, também foram soltos Benedito Aparecido Trida, Adriano Francisco Bianconcini Trassi, Edison Mineiro Ferreira dos Santos e Valdir dos Santos Paula. Todos negam irregularidades.
O principal alvo da operação, Laurence Casagrande Lourenço, ex-diretor presidente da Dersa, continuará preso, agora em prisão preventiva. Ele ocupou postos importantes durante a gestão de Geraldo Alckmim (PSDB) no governo paulista, como a presidência da Companhia Energética de São Paulo (Cesp).
O Ministério Público Federal (MPF) estima que houve um sobrepreço de R$ 600 milhões nos custos da obra, que foi iniciada em 2013, mas ainda não concluída.
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Segundo a Polícia Federal, o inquérito policial foi aberto em 2016, após um ex-funcionário de uma empresa que atuou nas obras apresentar informações sobre possíveis manipulações em termos aditivos da obra do Rodoanel. O objetivo era aumentar o valor pago a empreiteiras que já haviam vencido a licitação para realizar as obras.
As investigações apontam que aditivos contratuais, relacionados principalmente à fase de terraplanagem da obra, incluíam novos serviços para efetuar a remoção de rochas do solo. As provas produzidas no inquérito policial indicam que era previsível a existência das rochas e, portanto, o projeto inicial já contemplaria o custo de sua remoção.
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