Caso a decisão não seja cumprida, entidades que representam policiais e bombeiros militares estarão sujeitas a multa diária de R$ 100 mil. O movimento, iniciado em novembro, é apontado como principal causa do aumento dos índices de criminalidade na capital federal neste começo de ano. Mais de 70 pessoas foram assassinadas em janeiro no DF.
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Com a “operação tartaruga”, policiais militares reduziram o ritmo de atendimento à população. Mesmo em perseguição policial, viaturas deixaram de exceder o limite de velocidade da via. Também reduziu a presença de policiais nos locais dos crimes.
Nilsoni também determinou que o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anderson Carlos de Castro Moura, instaure procedimento disciplinar, penal e correcional caso policiais e bombeiros não retomem o ritmo de normalidade no trabalho. O mérito da decisão ainda será julgado por um desembargador e submetido ao pleno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Protestos
Nesta manhã, um grupo de manifestantes se reuniu em Águas Claras para marchar até a residência oficial do governador Agnelo Queiroz. O movimento é organizado por familiares e amigos de Leonardo Almeida Monteiro, de 29 anos, assassinado há três dias em frente ao prédio em que morava, enquanto estacionava o seu carro. Eles pedem mudanças na legislação penal, apuração e punição dos responsáveis pela morte do rapaz.
Na ação acolhida em caráter liminar pela desembargadora Nilsoni de Freitas, a procuradora-geral de Justiça, Eunice Carvalhido, argumenta que a ausência de policiamento ostensivo da PF aumentou o número de crimes violentos no Distrito Federal, como roubos com emprego de arma de fogo, latrocínios e homicídios. A ação foi proposta após reunião entre a procuradora e representantes de policiais e bombeiros militares. Eles reclamam que o governo não cumpriu as promessas de campanha eleitoral assumidas com a categoria.
Ontem, em reunião emergencial com a cúpula da Segurança Pública, o governador Agnelo Queiroz prometeu intensificar a presença de policiais nas ruas. “Brasília não vai ficar refém do medo”, disse o governador. Agnelo não aceita negociar com as associações. “Todas as negociações estão e continuarão sendo feitas entre o governo e o comando da PM”, declarou.