O pedido de bloqueio foi feito a partir da análise de documentos, celulares e arquivos de computador apreendidos na 2ª fase da operação. Segundo o delegado Cleo Mazzotti, que cuida do caso, a medida pretende evitar uma eventual “dilapidação patrimonial” que impeça o ressarcimento dos honorários públicos em caso de uma condenação. O empresário não quis se manifestar sobre o assunto, já a defesa de Puccinelli disse que ainda analisa a determinação judicial para recorrer da decisão.
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A suspeita é de que recursos públicos desviados de contratos e obras públicas tenham sido utilizados, na gestão Puccinelli, na compra de propriedades rurais. O esquema, de acordo com a PF, envolvia fraude em licitações e recebimento de propina. Os policiais identificaram fortes indícios de prática de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo eles, os investigados compravam bens em nomes de terceiros e sacavam dinheiro em espécie para ocultar os valores.
Entre os bens bloqueados do ex-governador estão imóveis, carros e conta bancárias. Quando disputou sua última eleição, em 2010, Puccinelli declarou patrimônio de R$ 5,3 milhões à Justiça Eleitoral. O bloqueio foi determinado pela juíza federal Monique Marchioli Leite.
Em maio, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento de Puccinelli em Campo Grande, na segunda etapa da operação. Na ocasião, o ex-governador foi por iniciativa própria até a Superintendência da PF para saber os motivos da ação. Os investigadores buscavam documentos sobre a compra de livros didáticos e o financiamento da MS-430 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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