A 11ª Vara da Justiça Federal do Paraná bloqueou, em caráter liminar, R$ 10,4 milhões em bens do senador Benedito de Lira (PP-AL) e de seu filho, o deputado Arthur Lira (PP-AL), ambos investigados na Operação Lava Jato. A medida foi solicitada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em ação por improbidade administrativa que tramita em segredo de Justiça, baseada em investigações da Lava Jato. O bloqueio foi feito em dezembro de 2016. Segundo o UOL, a AGU também pede a perda dos mandatos e dos direitos políticos de pai e filho por até dez anos.
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A defesa da família recorreu nessa quarta-feira (15) contra a decisão, mas a Justiça Federal ainda não se manifestou sobre o assunto. Os dois são líderes do PP no Senado e na Câmara e já foram denunciados pelo procurador-geral da República (PGR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O Supremo Tribunal Federal, porém, ainda não analisou o caso.
De acordo com a denúncia, eles receberam R$ 2,6 milhões em propina do esquema de corrupção montado na Petrobras operado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Três delatores citaram o envolvimento de Benedito e Arthur no petrolão: além de Youssef e Paulo Roberto, o ex-presidente da empreiteira UTC Ricardo Pessoa.
Esta é a segunda vez que a dupla tem contas bloqueadas. Em fevereiro do ano passado, o então ministro Teori Zavascki (falecido em janeiro de 2017), relator da Lava Jato, determinou o sequestro de R$ 4,2 milhões em bens de pai e filho. Segundo o UOL, a AGU e a força-tarefa da Lava Jato já ingressaram com ao menos 12 processos deste tipo que cobram um valor aproximado de R$ 26 bilhões.
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