Pouco mais de um mês após o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol), o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a atuação de milicianos é a principal hipótese apontada pela Polícia Civil para a execução da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes.
“Hoje o foco, como já disse o secretário de Segurança, Richard Nunes, se concentra relacionado às milícias. Os detalhes eu nem pergunto porque, numa investigação como esta, há um limite para você pressionar as equipes”, disse o ministro em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira (16).
O ministro ressaltou que a vereadora fazia a ponte entre o atual chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, e o deputado Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio.
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Sobre a demora na apuração do crime, Jungman citou outros casos que foram concluídos com 60 e até 90 dias, como o desaparecimento do pedreiro Amarildo, em 2013, que levou 90 dias para ser desvendado, e o assassinato da juíza Patricia Accioli, em 2011, que demorou 60 dias. O crime completou um mês no sábado (14), sem que nenhum suspeito tenha sido identificado.
O ministro afirmou que a apuração do caso analisou todas as possibilidades. “Quando você começa a investigar um caso desses, você trabalha com todas as possibilidades: a passional, uma desavença, um crime político. Você trabalha com um enorme conjunto e vai fechando, criando um foco”, ponderou. De acordo com ele, uma das linhas de investigação está praticamente concluída.
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