O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) optou por falar sobre as acusações de desvio de verbas feitas pelo Ministério Público (leia mais) apenas na segunda-feira. A assessoria do parlamentar informou que até a manhã de hoje ele ainda não havia recebido a comunicação da procuradoria com as denúncias e que, por isso, preferiu adiar a coletiva marcada esta tarde.
Jungmann é um dos articuladores do movimento que pretende lançar um terceiro nome para a disputa da Câmara, o que levantou suspeitas sobre a veracidade das acusações. "Achamos uma coincidência essas denúncias terem saído agora", disse o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). As acusações se referem à época em que Jungmann foi ministro do Desenvolvimento Agrário, ainda no governo de FHC.
Esta semana, o “Grupo dos 30” se reuniu em São Paulo e lançou um manifesto dizendo o que espera do novo presidente da Câmara. Após o anúncio do PMDB de que apoiaria o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na disputa pela presidência da Casa, os deputados que defendem a candidatura alternativa garantiram que, na próxima terça-feira (16), será lançada uma terceira campanha.
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“Nós consideramos que a terceira via é maior do que estes problemas. É uma necessidade histórica, que não é abalada porque um dos articuladores é denunciado", garantiu Gabeira. "Até porque a atitude do Jungmann frente as denúncias foi a altura do que nós esperávamos", complementou ele.
Os aliados de Chinaglia, acreditam que as denúncias contra Jungmann enfraquecerão o movimento pela candidatura alternativa. "Raul Jungmann matou a terceira via. Ele era o porta-voz do movimento e agora não tem mais como defender a alternativa do grupo ético", disse o líder do PL na Câmara, deputado Luciano Castro (SP).
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