A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) divulgou nota neste sábado (3) em que rebate críticas da corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, que esta semana afirmou que existem magistrados “vagabundos”. “Faço isso em prol da magistratura séria e decente e que não pode ser confundida com meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na magistratura”, afirmou Eliana.
Corregedora defende punição de juízes vagabundos
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Hoje, o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy, foi enfático: “Os juízes (…) não são vagabundos”. Ele disse que as declarações da corregedora são genéricas e não apontam os responsáveis pela preguiça. “Os juízes federais têm cumprido, ainda que com falta de estrutura de trabalho, a ampla maioria das metas do CNJ”, disse Wedy.
A Ajufe pediu à Eliana mais “sensatez” em suas declarações. “O momento é de diálogo, ponderação e sensatez dentro de uma agenda positiva na busca de uma justiça de qualidade em benefício da população brasileira.”
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A íntegra da nota da Ajufe
Resposta às declarações da Corregedora Nacional de Justiça
“Os juízes federais têm cumprido, ainda que com falta de estrutura de trabalho, a ampla maioria das metas do CNJ. Não são vagabundos, são exemplos de dedicação ao trabalho. Com o processo eletrônico o judiciário federal está aberto para a sociedade 24 horas por dia de modo transparente. Frases que pecam pela generalização depreciativa de uma carreira inteira, sem indicar com exatidão os responsáveis pela desídia funcional, não são boas e não contribuem para uma prestação jurisdicional mais célere e efetiva no combate à corrupção e a impunidade no país. O momento é de diálogo, ponderação e sensatez dentro de uma agenda positiva na busca de uma justiça de qualidade em benefício da população brasileira”.
Gabriel Wedy
Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Corregedorias estão despreparadas para fiscalizar, afirma Eliana Calmon