Mário Coelho
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) proibiu o jornal O Estado de S. Paulo de divulgar as gravações envolvendo o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), além de qualquer tipo de informação sigilosa. Na quarta-feira (22), o periódico divulgou uma sequência de sete diálogos, obtida durante a operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que revela a prática de nepotismo da família Sarney no Senado. Além disso, eles ligam o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao ex-diretor-geral Agaciel Maia na prestação de favores.
A decisão em caráter liminar, do desembargador Dácio Vieira, prevê multa de R$ 150 mil para cada reportagem do jornal que descumpra a decisão. Ou seja, elas não podem ser citadas em qualquer matéria publicada no impresso ou em qualquer veículo do grupo. O despacho do magistrado também obriga o portal na internet do O Estado de S. Paulo a suspender a veiculação dos arquivos de áudio relacionados à operação. O jornal informou que vai recorrer da decisão.