O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou o depoimento do ex-diretor da Petrobras Renato Duque à CPI que investiga irregularidades na estatal. O depoimento está marcado para a próxima quinta-feira, às 9h30. Duque está preso em Curitiba, onde responde ao processo derivado da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em princípio, ele deve ser ouvido pelos membros da CPI da Petrobras nas dependências da PF, já que um ato da Mesa da Câmara proíbe o depoimento de detentos nas dependências da Casa.
Duque já tinha sido preso em uma das etapas da Operação Lava Jato, mas foi solto após 19 dias por decisão do Supremo Tribunal Federal. Dessa vez, foi preso porque movimentou dinheiro em contas no exterior, transferindo 20 milhões de euros da Suíça para Mônaco.
Segundo o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco, que depôs na CPI na semana passada durante mais de cinco horas, Duque recebia propina de empresas contratadas pela estatal. Segundo Barusco, metade do dinheiro era repartida entre ele e Duque, e a outra metade ficava com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Segundo o delator, Vaccari recebeu algo entre 150 e 200 milhões de dólares em propinas, em nome do partido. Na semana passada, o próprio Barusco devolveu 97 milhões de dólares aos cofres públicos.
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