A bola rolou nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo 2014. A ansiedade da estreia deu lugar à alegria dos brasileiros que apostaram na competente realização do megaevento esportivo internacional no país. De Norte a Sul, as cidades estão fazendo um gol de placa atrás do outro.
Estima-se que 3,7 milhões de turistas, sendo 600 mil estrangeiros, estão circulando pelas 12 cidades-sede e pelas muitas cidades nas quais estão concentradas as delegações. Esse número é muito superior ao registrado na África do Sul, em 2010, quando o Mundial reuniu 3,1 milhões de pessoas, sendo 310 mil visitantes estrangeiros. Os 16 jogos iniciais levaram 800 mil pessoas para os estádios, numa média de 50 mil por jogo.
Nossas cidades passaram no teste. Os serviços públicos sob a responsabilidade dos prefeitos, seja na área do transporte urbano, limpeza, atendimento de urgência e emergência na saúde ou mesmo nas atribuições do trânsito, vigilância sanitária e monitoramento por vídeo, ocorrem adequadamente.
Os planos de mobilidade têm garantido o acesso aos estádios e a circulação rápida e segura dos turistas. Os torcedores também fizeram a sua parte ao privilegiar o transporte público.
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Um caso emblemático aconteceu no Rio de Janeiro durante o jogo entre Argentina e Bósnia, no domingo 15 de junho à noite. O público no Maracanã foi de 74 mil torcedores. Os embarques no metrô carioca naquele dia, entre 13h e 19h, alcançaram 52 mil passageiros.
Estas primeiras semanas de jogos reforçam o sentimento de que foram acertadas as decisões de investir fortemente na infraestrutura das cidades. Nem todas as obras contratadas foram plenamente entregues, mas os resultados parciais são animadores e já produzem reflexos positivos na mobilidade.
PublicidadeO retorno desses investimentos também pode ser percebido nas oportunidades geradas com a realização da Copa. A expectativa é que os turistas movimentem R$ 6,7 bilhões. O setor de serviços – bares, restaurantes e hotéis – será um dos mais beneficiados e deverá absorver boa parte dos aproximadamente 200 mil trabalhadores temporários.
Ainda no campo da geração de emprego e renda, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) incentivou a abertura de lojas nas cidades-sede para apresentar e comercializar o artesanato brasileiro, promovendo nossa identidade cultural.
E os prefeitos, também responsáveis pela observância dos direitos das crianças e adolescentes, promovem durante a Copa a campanha internacional “Não desvie o olhar”. Realizada pela Frente Nacional de Prefeitos e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), com o apoio da Comunidade Europeia, a iniciativa tem o objetivo de sensibilizar turistas brasileiros e estrangeiros contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Por fim, o elevado e reconhecido padrão brasileiro de receptividade e hospitalidade tem deixado sua marca. Estádios lotados, elogios de turistas, de jogadores e da imprensa internacional confirmam o Brasil como um excelente destino turístico e oxalá farão desta a melhor Copa de todos os tempos. Temos certeza de que os ótimos resultados vão continuar acontecendo dentro e fora dos campos.
* José Fortunati é prefeito de Porto Alegre (PDT) e presidente da Frente Nacional de Prefeitos.
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