Mário Coelho
O deputado José Edmar (PR-DF) entrou nesta quinta-feira no quarto dia de greve de fome no plenário da Câmara. A intenção do parlamentar é chamar a atenção para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o Imposto de Renda e com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Pela PEC, esses impostos seriam substituídos pelo Imposto Único Federal (IUF), com uma alíquota de 2%, sendo 1% no crédito e 1% no débito.
Ele quer, com a greve de fome, que os parlamentares votem sua proposta rapidamente. “Em tempos de crise, deve-se analisar todos os projetos que podem auxiliar nesse momento com rapidez”, afirmou Edmar. Por enquanto, a matéria está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, sem previsão para ser votada. O deputado do Distrito Federal acredita que, com pressão externa, a PEC poderia entrar em votação.
Entretanto, de segunda-feira até a tarde de hoje, Edmar não conversou com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Como o peemedebista estava fora de Brasília, somente ontem ele requereu um pedido de audiência com Temer. “Espero ser recebido por ele para discutir o assunto”, disse.
Edmar afirmou que, por conta da greve de fome, tem sentido dores de cabeça e enjoos. Por isso, carrega no bolso do paletó um frasco de dipirona, antiinflamatório usado principalmente como antitérmico e analgésico. Ontem, ele passou mal no plenário e acabou atendido pelo serviço médico da Casa. Tomou soro, fez exames de rotina, e retornou à greve de fome. Recebeu a recomendação de ingerir líquidos durante o protesto, como sucos e isotônicos. “Minha ideia é aguentar até 10 dias na greve de fome”, adiantou Edmar.
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