FOLHA DE S.PAULO
Réu do mensalão tucano rompe com PSDB
Empresa de jornalista enviou carta à direção do partido pedindo encerramento de contrato que mantinha desde 2009
Procuradoria diz que Eduardo Guedes, um dos conselheiros de Aécio, assinou repasse de verbas desviadas
A empresa Pensar Comunicação Planejada pediu ontem o encerramento do contrato que mantém com o PSDB desde 2009.
O pedido veio após reportagem da Folha revelar que a empresa tem como um de seus sócios o jornalista Eduardo Guedes, réu no processo do mensalão tucano.
Eduardo presta serviços de comunicação ao presidente nacional do partido e provável candidato à Presidência, senador Aécio Neves.
Em carta enviada ao comando nacional do PSDB, o presidente da empresa, Ivan Manso Guedes, diz que o rompimento do contrato tem como objetivo evitar “constrangimentos” à direção tucana.
“A nossa decisão decorre da constatação das notórias tentativas de utilizar fato ocorrido há 15 anos atrás, em Minas Gerais, ainda sob o exame da Justiça –portanto sem nenhuma conclusão– […] com claro intuito de criar indevidas suspeições e injustos constrangimentos à direção do partido”, diz a carta.
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André Vargas volta a criticar Barbosa e afirma que ministro ‘não está à altura de ser presidente’ do Supremo. O deputado federal André Vargas (PT-PR), primeiro vice-presidente da Câmara, criticou ontem numa mesma entrevista a atuação dos chefes do Executivo e do Judiciário.
Vargas, 50, disse à Folha e ao UOL que “tem havido um pouco de inabilidade do governo” para negociar com o PMDB um acerto que acomode esse aliado na reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff.
Indagado sobre quem é inábil, Vargas aponta o “staff político” do Planalto, hoje comandado pela ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil).
Por que haveria essa inabilidade? “Acho que nós temos uma articulação ainda ineficiente, e quando digo isso assumo a responsabilidade.”
Mas por que a articulação é ineficiente e por que a presidente não introduz mudanças? “Aí é uma questão da presidenta. Ela toma as decisões. Não me parece que é uma questão de nomes; me parece mais uma questão de estilo. Nós, parlamentares, não somos acionados para ajudar nessa interlocução.”
Deputado preso tem mandato cassado em votação aberta
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Dilma escolhe indicado de Pimentel para ministério
Depois de enfrentar dificuldades para encontrar um empresário para o lugar do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a presidente Dilma Rousseff decidiu nomear o presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Mauro Borges, para assumir o comando da pasta.
Segundo assessores presidenciais, Borges vai assumir amanhã o cargo interinamente, mas tende a ser confirmado como titular depois.
Professor da UFMG, ele era o nome preferido de Pimentel para substituí-lo até a presidente decidir buscar um nome no empresariado para ocupar o ministério.
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O ESTADO DE S.PAULO
Promotores pedem à Corregedoria acesso a relatório do cartel de trens
O Ministério Público Estadual de São Paulo requisitou acesso ao relatório da Corregedoria-Geral da Administração (CGA) sobre o cartel de trens. O documento do órgão de controle ligado ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) levanta suspeitas sobre 15 funcionários ou ex-funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O cartel dos trens, que também é alvo da Polícia Federal, teria atuado entre 1998 e 2008 durante os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
A promotoria, que já dispõe de dezenas de inquéritos a respeito do cartel, pretende verificar ação dos funcionários citados no relatório – muitos ocuparam cargos de direção das estatais; outros ainda estão nessas funções. A Corregedoria sugeriu o afastamento de todos.
Preliminar. Trata-se de um relatório preliminar, subscrito pelo chefe da Corregedoria, Gustavo Ungaro. Ele deixa os eventuais afastamentos a critério do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, ou do titular de outra pasta à qual esteja vinculado o funcionário citado no documento.
PMDB é o mais ausente em cassação de Donadon
Ex partido de Natan Donadon (sem partido-RO), o PMDB foi a sigla que mais teve deputados ausentes na votação desta quarta-feira, que determinou a cassação pela Câmara. Ao todo, 10 peemedebistas faltaram à sessão. Como são necessários 257 votos para confirmar a perda do mandato, na prática, as faltas tem o mesmo peso de um voto favorável ao deputado na berlinda. Nesta sessão, faltaram 42 deputados que estão no exercício de seu mandato.
Após o PMDB, o PSDB foi quem registrou mais ausências, com 7 deputados, seguido por PP (5), PT (3), PR (3), PROS (3), SDD (3), PSD (2), PSC (2) e PSB (1), DEM (1), PRB (1) e PTB (1).
Na lista aparecem nomes como o do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que deve ser julgado nos próximos meses no processo do mensalão mineiro. Também com processos pendentes no Supremo, Paulo Maluf (PP-SP) e Paulinho da Força (SDD-SP) estão entre os que não compareceram.
CORREIO BRAZILIENSE
Enquanto o Congresso discutia o projeto de lei que enquadra protesto contra a Copa como ato terrorista, sem-terra alinhados com o Planalto quase linchavam PMs. Medo de invasão fez o STF suspender trabalho
O PT foi orientado pelo governo a propor mudanças na lei antiterror para evitar que movimentos sociais, como o MST — que ontem entrou em confronto com militares —, possam ser enquadrados pela polêmica legislação. Mas brasileiros sem vínculos com esse tipo de organização correrão o risco de serem condenados como terrorista se saírem às ruas para protestar. Na Praça dos Três Poderes, ontem, só não ocorreu uma tragédia porque um grupo de ativistas fez uma barreira humana e impediu que manifestantes partissem para cima de policiais encurralados no meio da multidão (estimada em 15 mil pessoas). Segundo a PM, 30 policiais e pelo menos três manifestantes ficaram feridos. Hoje, os sem-terra terão um encontro com a presidente Dilma.
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A vida de Santiago custou R$ 150?
O advogado Jonas Tadeu Nunes — que defende os dois jovens acusados do assassinato do cinegrafista Santiago Andrade — disse ontem que black blocs são aliciados e financiados por grupos políticos para agir de forma violenta durante as manifestações. Ele não citou partidos, mas disse que um de seus clientes, Caio Silva de Souza, teria recebido R$ 150. Caio, que estava foragido, foi preso ontem, em Feira de Santana (BA). Ele é acusado de disparar o rojão que atingiu e matou Santiago, no Rio, na quinta-feira passada. A polícia abriu inquérito para apurar a denúncia do advogado.
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Pelo menos dois de quatro profissionais de Cuba que abandonaram o programa Mais Médicos estão em Miami, segundo a organização não-governamental (ONG) Solidariedade Sem Fronteiras (SSF). A ONG informou que, além de Ortelio Jaime Guerra, cuja deserção foi divulgada na segunda-feira, o médico José Armando Corzo Gomez está nos Estados Unidos. A organização, que ajuda cubanos a deixarem missões pelo mundo, conta que há pelo menos outros quatro médicos da ilha que pediram ajuda para sair do Brasil.
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Policiais civis reagiram à tentativa de roubo de um carro ao estacionamento da Biblioteca Central e dispararam contra os ladrões. O barulho assustou os estudantes e houve pânico dentro do prédio. Um inquérito foi aberto para apurar se houve excesso na atuação dos agentes.
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