O ESTADO DE S.PAULO
Em pronunciamento às mulheres, Dilma diz que é preciso fazer muito mais
Em pronunciamento feito no sábado, em cadeia nacional de rádio e TV pelo Dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “a mulher é a nova força que move o Brasil”, mas que muitas barreiras ainda precisam ser rompidas para diminuir as desigualdades entre os gêneros e garantir mais direito e mais autonomia às brasileiras de todas as classes sociais.
A presidente disse que é preciso garantir salário igual para mulheres e homens na mesma função. Que é preciso combater sem tréguas a violência que recai sobre as mulheres e diminuir a burocracia e os impostos para que as empresas, lideradas por mulheres, sejam ainda mais numerosas. “É preciso que muito mais mulheres ocupem o topo das decisões das empresas e das entidades representativas de toda natureza”, afirmou.
Ela disse ainda que é preciso garantir mais creches “para cortar a desigualdade pela raiz”, para dar às crianças pobres as mesmas oportunidades da classe média e facilitar o acesso de suas mães ao trabalho.
“Falo disso com a legitimidade da presidenta que ampliou as oportunidades para as mulheres e que, mesmo assim, sabe que é preciso fazer muito mais”, ressaltou. “Este é o século das oportunidades. Este é o século do Brasil. E este é, sem dúvida, o século das mulheres! A mulher é a nova força que move o Brasil. Com esta força e esta energia vamos construir um futuro cada vez melhor para as nossas famílias”, completou.
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FOLHA DE S.PAULO
Juros consomem 53 dias de renda dos endividados
No ano passado, a despesa das pessoas físicas com as taxas somou R$ 233 bi. O pagamento de juros consome quase dois meses da renda dos brasileiros endividados, segundo estimativa feita pela Fecomércio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) a pedido da Folha.
A despesa das pessoas físicas com juros de empréstimos somou R$ 233 bilhões em 2013. Considerando que os consumidores endividados tiveram renda anual, estimada pela Fecomércio-SP, de R$ 1,62 trilhão no período, os juros totais pagos morderam 14,4% dos ganhos em 12 meses.
O percentual equivale a 52,5 dias de rendimentos recebidos ao longo de um ano, que incluem salários e outras fontes de renda, como juros de aplicações financeiras e aluguel de imóveis.
Mesmo proibida, campanha eleitoral já ocorre na internet
Apesar de ser permitida somente a partir de 6 de julho, a campanha eleitoral já corre livremente na internet e inunda as redes sociais com comunidades pró e contra os três principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto.
Além de sites específicos, Facebook e Twitter abrigam dezenas de páginas, comunidades e perfis extraoficiais dedicados às candidaturas da presidente Dilma Rousseff (PT), do senador Aécio Neves (PSDB) e do governador Eduardo Campos (PSB).
Autor de decisão que determinou a retirada do ar de uma página que fazia campanha para Campos, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Admar Gonzaga reconhece que essa é uma situação “difícil de controlar” e que exigirá uma nova postura da Justiça Eleitoral.
No dia 28 passado, Gonzaga atendeu a um pedido do Ministério Público e mandou o Facebook excluir a página “Eduardo Campos Presidente”, que contava até então com pouco mais de 2.000 seguidores.
O problema é que no mesmo Facebook há pelo menos outras 20 páginas que promovem a candidatura do governador de Pernambuco. E também há páginas contrárias, como a “Eduardo Campos presidente não”, com mais de 3.000 seguidores até sexta.
O mesmo ocorre em relação a Dilma e Aécio, protagonistas de dezenas de páginas favoráveis e contrárias. Uma das páginas anti-Dilma, a “Dilma Rousseff não!”, já reuniu mais de 60 mil seguidores. Aécio é alvo de pelo menos cinco páginas denominadas “Aécio never'”, com cerca de 2.000 seguidores.
Campos corteja ex-marqueteiro de Aécio
Aliados da presidente pegam carona na entrega de máquinas. Em busca de um nome para tocar a campanha presidencial, aliados do governador Eduardo Campos (PSB-PE) sondaram o publicitário Renato Pereira, marqueteiro que atendeu Aécio Neves (PSDB-MG) até 2013.
Pereira é cotado para assumir a coordenação dos programas de televisão do futuro candidato do PSB, segundo a Folha apurou.
Campos deixará o governo de Pernambuco em 4 de abril. O desenho do comando da campanha ainda não está fechado e depende de acertos como este em curso.
Interlocutores de Campos que revelaram o interesse em contratar Pereira afirmaram não ter havido ainda uma proposta formal. A aproximação é tratada com muita reserva, pois Campos e Aécio, também presidenciável, têm mantido uma relação próxima e já mantiveram conversas sobre uma aliança em um eventual segundo turno contra Dilma Rousseff.
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Com aumento aprovado, greve de garis chega ao fim
A paralisação dos garis do Rio, que durou oito dias e deixou toneladas de lixo espalhadas pela cidade no Carnaval, foi encerrada na noite de ontem após os trabalhadores negociarem com a prefeitura um aumento de 37% no salário-base da categoria, que passará de R$ 803 para R$ 1.100.
Além do aumento, os garis conseguiram a garantia de que nenhum funcionário será demitido –durante a greve, a Comlurb havia anunciado a demissão de 300 grevistas– e um reajuste do ticket alimentação, que passou de R$ 12 para R$ 20 diários.
Dos 15 mil garis do Rio, 70% aderiram a paralisação, segundo a categoria, e voltarão ao trabalho imediatamente.
Drone despeja pacote de cocaína em presídio no interior paulista
Droga foi lançada em pátio de prisão em São José dos Campos. Um mini-helicóptero despejou um pacote com 250 gramas de cocaína no pátio do CDP (Centro de Detenção Provisória) 1, de São José dos Campos (a 91 km de São Paulo), na manhã de anteontem.
Comandado por controle remoto, o drone –veículo aéreo não tripulado– seguiu viagem e não foi mais visto.
Deixou para trás, no entanto, o pacote com a droga, que foi apreendido por agentes penitenciários.
A ação levou a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo a suspender as visitas que aconteceriam ontem num dos pavilhões da unidade.
O helicóptero foi visto no alto do presídio por funcionários do local por volta das 10h20. Eles viram também o momento em que a pequena aeronave deixou cair o pacote da droga.
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CORREIO BRAZILIENSE
Empresa subsidiária da Delta Construções tenta fechar contratos públicos
Amparada por liminar, subsidiária da construtora investigada por suposta ligação com Carlinhos Cachoeira vence concorrências milionárias
Sob o risco de voltar à lista de empresas inidôneas, a Técnica Construções, subsidiária da Delta Construções, aproveita o nome limpo na praça — graças à liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) — para tentar fechar contratos públicos. A empresa conseguiu vencer pelo menos três licitações desde o sinal verde. Essas obras, da prefeitura do Rio de Janeiro, somam R$ 76 milhões. Ainda que a Justiça reverta a decisão, e a Delta e a Técnica sejam novamente proibidas de fazer negócios com o poder público, dificilmente as duas empresas, com contratos assinados e canteiros de obra armados, perderão serviços conquistados nesse período.
A Delta entrou no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) depois de se tornar uma das protagonistas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, em 2012. De acordo com a Polícia Federal (PF), a Delta mantinha uma central de empresas de fachada envolvidas no esquema de corrupção e desvio de dinheiro público supostamente comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Já a inidoneidade da Técnica foi declarada pela Controladoria-Geral da União (CGU) no fim do ano passado, por ser um braço da Delta. O Ceis é uma lista mantida pela CGU de empresas que perderam, ao menos temporariamente, o direito de participar de licitações ou celebrar contratos com a administração pública.
A saída das duas construtoras do cadastro de inidôneas foi divulgada em 9 de janeiro, depois de liminar concedida pelo STJ no fim do ano passado. A medida, no entanto, é passível de revisão. Isso porque a decisão do STJ é provisória, e a definitiva pode ser contrária aos interesses das duas empresas. Além disso, a CGU entrou com recurso, ainda não julgado, contra a própria liminar.
Um milhão de pessoas declaram pela primeira vez o Imposto de Renda
Acertar as contas com o Fisco pode parecer complicado, mas, com calma e atenção, a tarefa pode ser cumprida sem sustos. Nesta edição, o Correio começa a publicar coluna para esclarecer dúvidas
A Receita Federal deu a largada para a entrega das declarações do Imposto de Renda. Desde a última quinta-feira, 6 de março, os 27 milhões de contribuintes que terão de apresentar o documento, segundo estimativa do Fisco, já podem enviar os formulários preenchidos. Desse universo, pelo menos um milhão de pessoas enfrentarão o Leão pela primeira vez. Apesar de parecer assustadora para muita gente, os especialistas garantem que, desde que feita com calma e atenção, a declaração do IR não é um bicho de sete de cabeças.
Em 2014, a declaração é obrigatória para quem teve rendimentos tributáveis iguais ou maiores do que R$ 25.661,70 no ano passado. Mesmo quem não recebeu esse valor deve informar a renda e os bens ao Leão, caso tenha obtido rendimentos isentos de R$ 40 mil ou possua patrimônio superior a R$ 300 mil. Também precisam declarar os que tiveram ganhos de capital ou realizaram operações em bolsa de valores.
Desaquecimento do setor imobiliário faz profissionais abandonarem carreira
Os corretores desistiram da profissão por conta de dívidas
O encanto e a euforia deram lugar às dívidas. Durante os tempos áureos do mercado imobiliário no Brasil, entre 2008 e 2011, milhares de brasileiros — incluindo advogados, servidores públicos e jovens recém-formados — decidiram virar corretores, querendo ficar ricos do dia para a noite. Muitos conseguiram. Em cidades onde as vendas e os preços dispararam, como Brasília, o faturamento anual desses profissionais encostou nos R$ 800 mil. Agora, quem não poupou está com a corda no pescoço.
Aflitos com as contas a pagar, corretores e ex-corretores têm recorrido a consultores financeiros para pedir socorro. Nos escritórios, é com saudosismo que eles se lembram do período em que todas as unidades de um empreendimento eram vendidas horas depois do lançamento e, com a renda repentina, podiam comprar carros importados, trocar de casa e viajar para o exterior. “Muitos gastaram tudo e, claro, se endividaram”, conta o diretor executivo da Libratta Finanças Pessoais, Rogério Olegário.