O ESTADO DE S.PAULO
CGU pede punição por contrato com construtora
Ministro Hage diz que vai sugerir que Petrobrás aplique penalidades por acordo de US$ 825 mi firmado com a Odebrecht. A Controladoria-Geral da União (CGU) vai pedir à Petrobrás que tome providências para identificar e punir os responsáveis por irregularidades em contrato de US$ 825 milhões firmado com a Odebrecht.
O ministro da pasta, Jorge Hage, disse ontem ao Estado que será feita uma sugestão para que a estatal aplique as penalidades cabíveis. Outra hipótese é que o próprio órgão de controle do governo federal, por meio de sua corregedoria, instaure processo interno a respeito. “É uma recomendação de aplicação de sanções”, afirmou o ministro.
O contrato da Odebrecht com a Petrobrás foi firmado em 2010 para prestação de serviços em 10 países nas áreas de segurança e meio ambiente. Auditoria da própria estatal identificou indícios de superfaturamento. O contrato previa itens com preços inflados em até 1.000%. O caso foi revelado no ano passado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Na época do contrato, a Petrobrás era presidida por José Sergio Gabrielli.
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Segundo Hage, a investigação feita pela estatal identificou problemas. Porém, não teria avançado em providências para eventuais punições. “No caso da Odebrecht, foi feito um trabalho pela auditoria interna da Petrobrás, mas ele não concluiu propondo aplicação de sanções.”
Auditoria da Petrobrás aponta falha nas finanças de Pasadena
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FOLHA DE S.PAULO
PF liga ex-ministro Padilha a empresa de doleiro preso
Novo relatório da Polícia Federal sugere que o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha indicou no ano passado um ex-assessor para dirigir o laboratório farmacêutico Labogen, controlado pelo doleiro Alberto Youssef.
A suspeita da PF é baseada numa mensagem enviada pelo deputado André Vargas (PT-PR) ao doleiro por telefone celular no dia 28 de novembro e interceptada pela PF. Segundo o relatório, Vargas deu o nome e o número do ex-assessor e escreveu: “Foi Padilha que indicou”.
A PF diz que o Padilha citado é “possivelmente” o então ministro da Saúde, que deixou o cargo neste ano para se candidatar ao governo de São Paulo pelo PT. Padilha negou ontem ter indicado o ex-assessor para o Labogen.
Segundo a polícia, o dono do telefone indicado na mensagem interceptada é Marcus Cezar Ferreira de Moura, que em 2011 foi nomeado por Padilha para a função de coordenador de promoção e eventos do Ministério da Saúde.
Na época em que essa mensagem foi interceptada, o Labogen negociava sua entrada numa parceria com o ministério para produzir um medicamento considerado estratégico pelo governo, um projeto que poderia render até R$ 31 milhões em cinco anos.
Vargas e Youssef estavam à procura de um executivo para o laboratório e, de acordo com o relatório da PF, queriam achar alguém que “não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras”.
Petista nega ter feito indicação para empresa
O ex-ministro Alexandre Padilha disse em nota não ter indicado “nenhuma pessoa para a Labogen” e afirmou repudiar o envolvimento do seu nome na investigação da PF.
Padilha diz que a busca por um executivo “que não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras”, como diz o relatório da PF, mostra que o doleiro estava preocupado com “filtros e mecanismos de controle” que ele criou no ministério, “justamente para evitar ações deste tipo”.
O deputado federal André Vargas (PT-PR) afirma que Padilha nunca indicou ninguém a ele, “nem para este eventual emprego [na Labogen] nem para outra função”: “Estou preparado para responder a todos questionamentos nos foros competentes onde terei direito à defesa e ao contraditório. Vazamentos seletivos e fora do contexto não podem servir a prejulgamento de que tenho sido vítima”.
O deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP) afirmou que não pode “negar peremptoriamente” que o doleiro Alberto Youssef tenha passado pela casa dele, pois Vargas é vizinho dele em Brasília. Ele negou, porém, que tenha se reunido com Youssef.
Secretária de Alckmin é suspeita de nepotismo
Investigação do governo aponta nepotismo e indícios de fraude em órgão que atende deficientes. Relatório da Fazenda questiona número de médicos em serviço; titular da pasta nega irregularidades
A entidade criada pelo governo paulista para fazer a reabilitação de deficientes, a Rede Lucy Montoro, é suspeita de irregularidades em contratos e de manter uma quantidade de médicos em serviço inferior à contratada e paga pelos cofres públicos.
Auditores do próprio governo apontaram indícios de fraudes nas atividades da entidade e mencionaram suspeita de nepotismo por parte da secretária da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, uma das responsáveis pela rede.
A auditoria foi feita por técnicos da Secretaria da Fazenda do governo Alckmin (PSDB) a partir de denúncia anônima recebida em julho de 2013. As conclusões da investigação até aqui foram enviadas à Corregedoria-Geral do Estado, para que sejam feitas novas apurações.
A secretária nega irregularidades, diz que já prestou esclarecimentos e que uma denúncia de mesmo teor foi arquivada pelo Ministério Público do Estado.
O Ministério Público fez uma apuração preliminar chamada de “procedimento preparatório de inquérito civil”, concluída quando a auditoria da Fazenda estadual ainda estava em curso.
Refinaria teve saque milionário sem registro
A Petrobras afirmou ontem que considera “normal” um saque de US$ 10 milhões feito em 2010 em uma conta da refinaria de Pasadena em uma corretora. O valor foi retirado apenas com base em uma autorização verbal, sem registro contábil.
A realização do saque foi revelada pelo jornal “O Globo”, na edição de ontem, com base em relatório de auditoria feita pela empresa em 2011, ao qual a publicação teve acesso.
O documento relatava “falta de autorização documental para saque em corretora”. A retirada teria ocorrido em 5 de fevereiro de 2010.
Naquele período, a Astra ainda era sócia da Petrobras, a quem vendeu 50% da refinaria em 2006. Os sócios estavam em disputa judicial havia oito meses, mas os representantes da empresa belga já tinham deixado o dia a dia de Pasadena.
Segundo a reportagem, o documento não traz os nomes de quem autorizou e de quem realizou o saque, ou qual foi o destino do dinheiro. O valor estava depositado na corretora MP Global, que entrou em falência em 2011.
Justiça abre segunda ação contra doleiro
A Justiça Federal abriu mais duas ações criminais decorrentes das apurações da Operação Lava Jato da Polícia Federal, uma delas contra o doleiro Alberto Youssef.
No outro novo processo penal, o juiz federal Sérgio Moro fixou uma fiança no valor de R$ 7 milhões para a libertação de um dos réus.
Youssef, que foi interceptado pela Polícia Federal em conversas com o deputado federal André Vargas (PT-PR), passou à condição de réu pela segunda vez com outros cinco acusados.
O doleiro foi denunciado sob a acusação de ter praticado os crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Um dos réus da nova ação, Rene Luiz Pereira foi acusado de tráfico de drogas.
Renan pedirá que STF reveja decisão sobre criação de CPI
Em estratégia traçada pelo Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), irá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou anteontem a instalação de CPI para investigar exclusivamente a Petrobras.
O recurso tem o apoio do PT e de partidos governistas, que querem ganhar tempo para protelar as apurações.
Líderes do PT prometeram indicar até a semana que vem os integrantes para a comissão de inquérito do Senado, mas o objetivo central da sigla é esvaziar os trabalhos.
O PT trabalha para assumir o controle da CPI, barrando convocações e temas incômodos ao Planalto.
O GLOBO
Documentos revelam que Petrobras sabia de problemas de Pasadena antes da compra
Equipe técnica da Petrobras apontou deficiências como equipamentos com corrosão, sucata sobre o piso e pouca sinalização de segurança na refinaria de Pasadena
PF suspeita que Padilha indicou diretor de laboratório do doleiro Alberto Youssef
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CORREIO BRAZILIENSE
Investigação da PF liga o ex-ministro Padilha a doleiro
O primeiro a cair em desgraça foi o deputado André Vargas (PT-PR), suspeito de ser sócio de Alberto Youssef. Agora, as apurações da Polícia Federal na Operação Lava-Jato lançam suspeitas de conexão com o esquema do doleiro sobre mais três petistas: o ex-ministro Alexandre Padilha (da Saúde) e os deputados Cândido Vacarezza e Vicente Cândido, ambos paulistas. Preso pela PF Youssef é acusado de chefiar esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões.
Passado afasta, de concurso, envolvido no caso Galdino
Ele passou nas provas objetivas, discursivas, de capacidade física e nos exames biométricos para policial civil. No mesmo dia em que o Correio noticiou o fato, organizadores anunciaram que ele foi reprovado após sindicância da vida pregressa. A decisão abriu um debate: qual o alcance do delito cometido 17 anos atrás quando era adolescente? Especialistas divergem sobre a questão.
30 anos depois
Liderado por Ulysses Guimarães, o movimento das Diretas Já conquistou o país. O auge da mobilização foi o comício que reuniu 1,5 milhão de pessoas na Praça da Sé, em São Paulo, em 16 de abril de 1984. Nove dias depois, porém, a frustração: cercada por tropas, à Câmara dos Deputados rejeitava a Emenda Dante de Oliveira. Por apenas 22 votos, os brasileiros não veriam restabelecido o voto direto para presidente da República. O fato positivo é que o forte apoio popular pelo fim da ditadura ajudou a convencer os militares a aceitarem a candidatura de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. A campanha que culminou com a vitória do político mineiro, em janeiro de 1985, comoveu o Brasil e reinstituiu, enfim, a democracia no país. Sessão solene, ontem, no Congresso Nacional, lembrou esse momento crucial para a política brasileira.
Uma tragédia carioca
Comoção e revolta marcaram o velório do dançarino DG, morto no Rio. A apresentadora Regina Casé chorou sobre o caixão do artista. Depois do enterro, moradores do Pavão-Pavãozinho protestaram e pediram o fim da UPP na favela.
R$ 90 mil roubados em plena luz do dia
De manhã, quatro assaltantes levaram R$ 50 mil de uma agência bancária no Shopping Popular. A tarde, outro crime ousado: armados, dois homens fugiram com R$ 40 mil de um restaurante da 406 Sul.
Collor é absolvido em processo de desvio de dinheiro de licitações
Mercado já avalia “ministeriáveis” para a economia
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