O ESTADO DE S. PAULO
Brasil demitiu agente suspeito de passar dados para a CIA
Enquanto a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA vigiava alvos no governo Dilma Rousseff, o Brasil exonerava um agente de seu serviço de espionagem, suspeito de passar segredos para a Agência Central de Inteligência (CIA). O analista 008997 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), um alto funcionário do órgão que chefiara a subunidade da agência em Foz do Iguaçu, teria sido cooptado por um agente americano, abrigado sob o manto de um posto diplomático na Embaixada dos EUA em Brasília. Os EUA buscavam dados sobre a atuação nacional na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) e a respeito de informantes do governo brasileiro na região. O caso foi abafado na
Abin, que não abriu processo administrativo contra o servidor para evitar desgaste do órgão. Há temor de que o espião americano possa ter obtido lista com informantes infiltrados na comunidade árabe da Tríplice Fronteira.
Enem 2013 avaliará até examinadores
Mais de 7 milhões de candidatos deram início ontem ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que continua hoje. A organização da prova adotou medidas especiais e exigências aos examinadores para evitar distorções durante a correção. A edição da prova deste ano bateu recorde de inscrições e, pela primeira vez, todas as 59 universidades federais do País vão usá-la como parte de seu processo de seleção.
Leia também
A um ano de eleição, política econômica vai ao palanque
Um ano antes das eleições presidenciais, a economia já virou terreno de disputa entre o governo Dilma Rousseff e a oposição. Na busca por apoio, cada pré-candidato vem tentando convencer que os tempos de crescimento econômico voltarão em 2015. No governo, os sinais são de maior redução das taxas de juros e desvalorização cambial. Já os tucanos defendem forte abertura comercial.
‘Carta ao mercado’
Provável candidato presidencial, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), quer repetir o que fez Lula e divulgar documento para deixar clara ao mercado sua plataforma econômica.
Redes de varejo rumam agora para a Região Norte
As grandes varejistas nacionais parecem ter descoberto, finalmente, a fórmula para crescer na Região Norte. A proliferação de shopping centers abriu o espaço ideal para as empresas que tinham dúvidas sobre a viabilidade de abrir uma loja de rua. Só neste ano foram abertos dois shoppings na região – em Marabá (PA) e Macapá (AP) – e mais quatro estão previstos para 2014, incluindo o primeiro em Roraima, na capital Boa Vista.
Embora a renda per capita do Norte seja um pouco maior do que a do Nordeste – R$ 1.044 Por mês, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Estados como Pará e Amazonas, os mais interessantes do ponto de vista econômico para o varejo, apresentam desafios logísticos consideráveis.
Em Manaus, a cidade com o varejo mais desenvolvido da região, com oito shoppings em funcionamento, as mercadorias enviadas de São Paulo ou do Rio de Janeiro chegam ao Pará por via terrestre e, depois disso, seguem de balsa até a capital do Amazonas. O consultor Roberto Peggy Pinheiro, diretor da Ben Marketing, explica que, caso escolha fazer esse caminho, a varejista só vai conseguir abastecer suas lojas a cada 20 dias. “Só a balsa, de Belém, consome uma semana.”
Aliás: Cidadania animal?
Caso dos beagles alimenta o debate: direitos dos animais versus avanço da ciência.
FOLHA DE S.PAULO
‘Black blocs’ são rejeitados por 95% dos paulistanos
Apoio aos protestos cai de 89% para 66% em 4 meses, aponta Datafolha
Esporte
No Pacaembu lotado, Palmeiras só empata, mas retorna à Série A
Firma nanica vence licitações de R$ 750 mi do governo federal
Criada em fevereiro de 2012, empresa tem duas mesas e um computador; desde agosto, patrimônio cresceu 21 vezes. Uma empresa com sede num pequeno escritório em Belo Horizonte (MG) –com duas mesas, cadeira, telefone e um computador– está prestes a ganhar duas concorrências de R$ 750 milhões do governo federal.
A RMC Participação, criada em fevereiro de 2012, é a primeira colocada em seis lotes de venda de trilhos para a Valec, a estatal das ferrovias.
O governo tenta há dois anos comprar 240 mil toneladas de trilhos para as ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste. Duas concorrências já foram canceladas por suspeitas de fraude e direcionamento.
Em 31 de julho, a Valec lançou um terceiro edital para a compra do equipamento, que tem que vir do exterior. Para aumentar a disputa, dividiu a aquisição em oito lotes.
A primeira concorrência, da Norte-Sul, começou em 16 de setembro e apareceram três companhias nacionais: RMC Participação, Trop Comércio Exterior e Capricórnio. A RMC ofereceu o menor preço em dois lotes (2% de desconto sobre o valor máximo).
No terceiro, a Capricórnio ganhou, mas foi eliminada por causa da documentação. A Valec analisa recursos para homologar a licitação e assinar os contratos com a RMC.
Eleição legislativa na Argentina define futuro de Cristina
Eleição legislativa de hoje não dará maioria absoluta no Congresso à presidente Cristina Kirchner, apontam pesquisas
Dilma não entrega 71 mil cisternas prometidas no NE
Dos reservatórios prometidos em abril, só 59 mil foram entregues no prazo
Mackenzie investe R$ 20 mi em centro de pesquisa avançada
Folha de carbono é formada por uma só camada de átomos; Fapesp vai entrar com R$ 9,8 mi no projeto
O GLOBO
Economia, eventos e UPPs reinventam os bairros do Rio
Ao perder o emprego, a ex-comissária de bordo da Varig Deisi Soleti vendeu o apartamento no Leblon e, por R$ 170 mil, comprou um menor na Cruzada São Sebastião. Um ano e sete meses depois, o imóvel está avaliado em R$ 400 mil. Deisi é um dos personagens do fenômeno da gentrificação, a renovação urbana a partir da mudança do perfil dos moradores. No Rio, o processo é acelerado pelo crescimento da economia acima da média nacional, pelos investimentos para os grandes eventos e pela pacificação das favelas, mostram Fábio Vasconcelos, Flávio Tabak, Natanael, Damasceno e Paulo Thiago de Mello.
Sem tecla SAP: Falta informação para investidores estrangeiros
Improviso e amadorismo dificultam atração de investidores estrangeiros para infraestrutura
Um empresário do setor portuário dos Estados Unidos procurou este ano a embaixada brasileira em Washington em busca de informações sobre o plano de investimento do govemo para a área. Recebeu a orientação para visitar o site da Secretaria dos Portos, mas achou apenas uma apresentação em português. Falta de traduções, erros de informação, improvisação e muito amadorismo nos contatos profissionais têm marcado a tentativa do govemo de atrair investimentos estrangeiros para projetos de infraestrutura no Brasil.
Ao empresário americano, não restou outra opção a não ser pagar um representante para viajar ao Brasil. Mas, até agora, ele não conseguiu o sinal verde para instalar seu projeto de um terminal de uso privativo. Num momento em que o autoridades do govemo viajam por Ásia, América do Norte e Europa oferecendo investimentos de quase R$ 500 bilhões, os empresários estrangeiros reclamam da qualidade do marketing brasileiro e da falta de profissionalismo nos projetos. Mesmo para uma experiência relativamente bem-sucedida em atrair investimento externo, como no caso do leilão do campo de petróleo de Libra, que contou com participação de chineses, angio-holandeses e franceses, não era possível encontrar até a sexta-feira passada—ou seja, qua-tro dias após a licitação — informações em inglês sobre o resultado do evento no site oficial em língua inglesa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o www.brasilrounds.gov.br.
Risco
Ônibus em Alagoas transporta alunos ao lado de galões de combustíveis. CGU via irregularidades em 55% das cidades.
Alegria restaurada: Na Uerj, um projeto que devolve sorrisos
Violência nos estádios: STJD propõe cruzada contra os brigões
A perda de quatro mandos de campo que impedirá o São Paulo de jogar em casa até o fim do Brasileiro é a décima punição do gênero imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta temporada. Foram os episódios mais graves dos mais de 30 processos julgados pela corte e que tratavam de incidentes em estádios das Séries A a D da principal competição do país. Com competência limitada por lei a julgar e punir na esfera esportiva, o STJD notou uma similaridade entre os episódios: raros foram os que terminaram em prisões, ainda mais raros os que tiveram um boletim de ocorrência lavrado com denúncia oferecida pelo Ministério Público e, por fim, quase sempre os infratores retornavam aos estádios na semana seguinte.
Dicas para fazer uma boa redação hoje no Enem
Única prova discursiva do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), a redação é o centro das atenções hoje, no segundo dia do processo seletivo do Ministério da Educação (MEC), que se estende das 13h às 18h30. Além de escrever um texto dissertativo-argumentativo, os candidatos terão que responder a 90 questões objetivas, 45 de Matemática e 45 de Linguagens.
Cercada de cuidados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep), a redação do Enem é a única prova que varia entre 0 e 1000 pontos. Nas questões de múltipla, escolha, a pontuação usa a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que usa escalas de pontuação diferentes. Além disso, a redação é a prova com o maior peso no Enem na maioria das universidades que usam o exame do MEC como forma de acesso aos cursos de graduação. Para se ter uma noção, na UFRJ, o teste escrito tem peso 3 para candidatos de todas as carreiras.
9, um número a mais no celular
A partir de hoje, os celulares do Rio ganham um 9º dígito. Aplicativos atualizam a agenda automaticamente.
Ancelmo Gois
Faixa dos mais ricos já supera a dos mais pobres no Brasil
Saúde de Cristina antecipa disputa por sucessão
Analistas políticos argentinos costumam dizer que os peronistas acompanham seu líder até a porta do cemitério. Imediatamente depois, se unem à tropa de um novo líder peronista, com mais força e futuro. Nas últimas semanas, principalmente depois da confirmação de que a presidente Cristina Kirchner enfrentava problemas de saúde que a obrigaram a afastar-se temporariamente do poder, esta tradicional conduta foi lembrada por dirigentes políticos e especialistas, que já começam a falar em “fim de ciclo” para Cristina. Importantes jornais como o “La Nación” publicaram artigos sobre o debate em tomo da sucessão no kirçhnerismo, processo que promete ser problemático e rodeado de disputas internas.
Como Hugo Chávez, na Venezuela, a presidente argentina não tem um sucessor claro. O projeto original do kirchne-rismo era uma alternância de poder entre o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007). Com a morte de Kirchner, há três anos, o governo optou pela reeleição da presidente em 2011 e hoje encara o desafio de pensar em sua continuidade na Casa Rosada, sem Cristina. Para ser novamente candidata, a presidente precisa reformar a Constituição, projeto que hoje deverá sofrer um duro revés nas eleições legislativas. O mais provável, segundo pesquisas feitas na última semana, é que o kirchnerismo seja derrotado nos principais distritos eleitorais do país. O governo continuaria tendo a maior bancada no Parlamento, mas sem o controle necessário para modificar a Carta.
CORREIO BRAZILIENSE
Planos de saúde
Como buscar seus direitos
Como envelhecer protegido
Como suprir a falta de leitos
Quem depende de assistência médica particular sabe: na hora em que mais se precisa, surge um problema para usá-la. Aposentados, por exemplo, têm direito de manter a cobertura—e desconhecem. Para piorar, os hospitais privados precisam de R$ 7 bi em investimentos. Por fim, outro drama à frente: a quantidade de idosos com mais de 80 anos vai pular de 3 milhões para 15 milhões até 2050. Nessa idade, as chances de se ter uma doença crônica aumentam 80%. O militar da reserva José Carvalho, 90 anos, sabe disso e se cuida. “Só fiz recentemente fisioterapia por conta de uma fratura no ombro.”
Enem: Hoje é dia de redação. Nada de nervosismo
O balanço das provas de sábado foi positivo, mas 24 candidatos foram eliminados por postarem fotos do cartão de respostas em redes sociais.
A invasão das motos
Em apenas uma década, o número de motocicletas no DF aumentou 291%. Essa procura decorre de vários fatores, entre eles, o transporte público de baixa qualidade. São cerca de 166 mil motoqueiros circulando pela cidade e a consequência negativa é a rotina de acidentes nas vias brasilienses.
Motorista da Câmara levou fichas falsas aos cartórios
O recém-criado partido alega ser vítima de sabotagem. Mas documento obtido pelo Correio revela que Luiz Carlos Moura, lotado no gabinete de Paulinho da Força, entregou assinaturas falsas e, até, de dois mortos para a justiça Eleitoral, com o objetivo de viabilizar a sigla para a próxima eleição.
Coronel agredido
“Barbárie”, reagiu Dilma Rousseff ao ataque nos protestos em São Paulo.
Ensaio para sucessão de Cristina Kirchner