FOLHA DE S.PAULO
A 10 dias da Copa, aeroportos de 11 sedes têm falhas
Há obras inacabadas, e Infraero reconhece que em três locais só será possível terminá-las após a competição.
Barulho, poeira, vaivém de operários, tapumes e mais tapumes. Esse foi o cenário encontrado pela Folha nesta segunda-feira (2), a dez dias do início da Copa, em visita aos aeroportos das cidades-sede.
Os casos mais emblemáticos estão em Confins (MG) e em Manaus.
A Infraero reconhece que algumas das obras nesses dois aeroportos, e no do Recife, só ficarão prontas depois do Mundial. Durante a Copa, os trabalhos serão interrompidos para atenuar o desconforto aos passageiros.
“Ninguém acredita que vai dar tempo [de ficar pronto para a Copa]”, diz o motorista de van Waldrin Venâncio, 27, que diariamente busca e leva passageiros a Confins.
A chegada ao aeroporto é, por si só, uma aventura.
PublicidadeDo estacionamento coberto ao terminal, o passageiro anda por calçadas empoeiradas e cercadas de obras. O trajeto, descoberto, vira um lamaçal em dias de chuvas.
No terminal, os passageiros convivem com barulho, poeira, andaimes, cheiro de cola, madeira e ferro no chão.
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Objeto do desejo
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O governo Dilma Rousseff ofereceu homens do Exército para atuar nas ruas e ajudar no patrulhamento das 12 cidades-sede da Copa.
A capital paulista, onde será realizada a abertura do evento, no próximo dia 12, já aceitou a oferta. Serão 4.000 homens, que também irão atuar nas cidades do interior que vão abrigar seleções.
O Rio ainda não aceitou, mas o tema está sendo discutido pela cúpula da Segurança e a tendência é que o reforço seja confirmado.
As Forças Armadas acreditam que os outros Estados também aceitarão a ajuda. Analistas entendem que nenhum deles irá recusar e correr o risco de ser responsabilizado por algum problema que venha a acontecer.
Governo acerta reajuste para a PF, afirma entidade
O governo firmou um acordo com os policiais federais para acabar com as ameaças de greve, disse nesta segunda (2) a Fenapef (federação nacional da categoria).
Segundo o presidente da entidade, Jones Leal, o governo se comprometeu a apoiar um projeto para alterar o Orçamento e garantir que os policiais recebam 15,8% de aumento.
A categoria, porém, terá que trabalhar junto ao Congresso para que aprove o reajuste até o início de julho. “Quando faltarem 90 dias para as eleições, ele fica proibido”, disse Leal.
A Folha apurou que a categoria aceitou a negociação porque já estava proibida pela Justiça de entrar em greve.
Investigado por corrupção, Paulo Octávio é preso no DF
Aécio Neves e Campos têm dificuldades em MG e PE
Pesquisas eleitorais recentes mostram que os candidatos a governador dos presidenciáveis oposicionistas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) apresentam dificuldades em seus respectivos Estados de origem, Minas Gerais e Pernambuco.
Levantamento do jornal mineiro “O Tempo” divulgado nesta segunda informa que Fernando Pimentel (PT), ex-ministro do Desenvolvimento, lidera a corrida em Minas com 30,6% das intenções de voto.
Pimenta da Veiga (PSDB), o candidato apoiado por Aécio, tem 19,4%. Vanessa Portugal (PSTU) alcança 6,3%.
Realizada pela CP2 por encomenda da Sempre Editora, a pesquisa ouviu 2.062 pessoas de 23 a 27 de maio. A margem de erro é de 1,98 ponto. Registro: MG-00026/2014.
Em Pernambuco, o Ibope informa que Armando Monteiro (PTB) lidera com 43%. Ele é apoiado pelo PT.
Empresas doaram 28% das verbas de partidos em 2013
Principais financiadoras das campanhas eleitorais no Brasil, as empresas privadas passaram a bancar também fatia relevante do funcionamento dos partidos: 28% dos recursos obtidos pelas legendas no ano passado saíram dos cofres de companhias.
Os balanços de doações mostram que desde 2007 a participação dos recursos privados no financiamento das legendas vem aumentando em relação ao dinheiro que sai do fundo partidário. O fundo é composto por recursos públicos da União e multas eleitorais e serve justamente para bancar o funcionamento dos partidos.
Em 2007 as empresas responderam por apenas 7,5% dos recursos destinados às legendas, percentual que se elevou para 28% em 2013.
O GLOBO
Modelo para explorar aeroportos será mudado
As construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, sócias no projeto do Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), devem pedir autorização para a construção do terminal “de forma imediata”, assim que o governo publicar a medida provisória (MP) que cria a nova modalidade de aeroportos, 100% privados. Conforme noticiado pelo GLOBO no domingo, a MP deve ser publicada na quarta-feira. O novo aeroporto internacional ficará em Caieiras, a 35 quilômetros da capital, e terá, inicialmente, capacidade para 30 milhões de passageiros, podendo, futuramente, atender a 48 milhões de usuários. O terminal vai custar R$ 5 bilhões, e a previsão é que fique pronto em 2020.
Atualmente, no Brasil, há os aeroportos estatais, da Infraero, e os privatizados, onde a estatal permanece como sócia, com 49% do negócio. O novo aeroporto de São Paulo pode, de acordo com fontes do setor, acabar concorrendo diretamente com os terminais privatizados em 2012: Guarulhos e Viracopos (Campinas). Para os críticos do modelo, o governo está alterando as regras do jogo depois de as empresas terem se comprometido a pagar bilhões de reais de outorga pelos aeroportos.
Roberto Deutsch, diretor de Novos Negócios da Camargo Corrêa, afirma que o novo aeroporto não vai “roubar” clientes dos terminais privatizados:
— Estimamos que, em 2020, Guarulhos esteja com sua capacidade máxima, de 60 milhões de passageiros por ano, e Congonhas com 20 milhões, ou seja, um total de 80 milhões de passageiros. E estimamos que a movimentação será de 87 milhões a 90 milhões por ano, ou seja, há espaço para todos.
Felipão ameaça mudar o time
“Está tudo errado, muita coisa errada”
Aécio diz que diferença entre ele e Campos é nunca ter apoiado o governo PT
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, pré-candidato tucano disse que primeiras medidas no governo seriam a redução dos ministérios e secretaria para simplificar sistema tributário
O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que a diferença entre ele e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) é que ele nunca participou de um governo do PT.
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, na TV Cultura, o tucano disse que não vai mudar suas estratégias de acordo com pesquisas eleitorais. Com as disputas por palanques estaduais acirradas, o pacto de não agressão entre Aécio e Campos ficou fragilizado.
– Eu não vou mudar minha estratégia em função de uma outra pesquisa de opinião – afirmou o senador referindo-se implicitamente ao pernambucano que já fez parte da base da presidente Dilma Rousseff.
– O grande desafio da oposição é apresentar uma mudança (…) O governo é tão ruim que até o PT quer mudar – afirmou o senador em uma referência indireta ao movimento “Volta, Lula”.
Estratégia de Campos para o Rio irrita Sirkis e abre crise no PSB
Pré-candidato do PSB à Presidência, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos desembarca hoje no Rio no meio de uma crise na construção do palanque estadual, com o deputado federal Miro Teixeira (PROS) candidato ao Palácio Guanabara. O deputado federal Alfredo Sirkis (PSB-RJ), que já foi um dos principais articuladores da ex-senadora Marina Silva, vice na chapa de Campos, disparou ontem uma série de críticas à condução da pré-campanha de Campos no Rio. Para ele, Campos é negligente e conduz no Rio uma estratégia bizarra.
Segundo Sirkis, Campos não dá a atenção necessária ao Rio, apesar de, nas eleições de 2010, Marina ter ficado em segundo lugar no estado, com 2,6 milhões de votos. A então candidata do PT, Dilma Roussef, teve 3,7 milhões; José Serra, do PSDB, conquistou 1,9 milhão.
— O Rio é um estado chave. A Marina teve grande votação. Mas isso não é automaticamente transferível. Ele (Campos) está sendo negligente — disparou o deputado, ex-PV, que disse ter sido obrigado a “congelar” sua pré-candidatura ao governo fluminense por pressão do ex-governador e da própria Marina.
Governo concede aumento de 15,8% à Polícia Federal para evitar greve na Copa
A menos de 15 dias da Copa do Mundo, o governo federal fechou acordo para conceder reajuste de 15,8% para agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal, informou a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Esse percentual é o mesmo negociado com as categorias do governo federal desde 2012, depois de uma explosão de greves que reuniu mais de 250 mil servidores públicos em todo o Brasil.
Á época, a Fenapef recusou o acordo, sob a alegação de que os policiais querem uma reestruturação na carreira. O presidente da entidade, Jones Borges Leal, disse que os servidores decidiram dar um voto de confiança para o governo e assinaram o termo na última sexta-feira. A previsão é de um aumento de cerca de 12% na folha salarial deste mês, com pagamento em julho, e do restante em janeiro de 2015. Para isso, no entanto, é necessária uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 e na Lei Orçamentária Anual (LOA).
Relator defende investigação só na CPI mista da Petrobras
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras exclusiva do Senado perdeu o sentido e poderá ser fundida à comissão mista envolvendo deputados e senadores. A defesa de que os esforços sejam concentrados na CPMI é feita pelo relator desta, deputado Marco Maia (PT-RS), e endossada por outros parlamentares governistas que estão na linha de frente da blindagem das investigações. Mas, por enquanto, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), resiste em abdicar das investigações naquela Casa.
A CPI mista da Petrobras fez sua primeira reunião nesta segunda-feira, quando o relator Marco Maia apresentou seu plano de trabalho. A prioridade é convocar para depor o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa; o doleiro Alberto Youssef; e o ex-diretor da Área Internacional da estatal Nestor Cerveró. Os requerimentos de convocação serão votados hoje e não há previsão de quando ocorrerão os depoimentos.
Renan cancela votações do primeiro dia de ‘esforço concentrado’
A Câmara e o Senado fizeram uma pauta extensa e ousada de projetos a serem votados na semana do esforço concentrado, antes dos feriados da Copa do Mundo. No primeiro dia da convocação, porém, a tentativa de votar fracassou. As duas Casas cancelaram as votações nesta segunda-feira por falta de quorum.
Entre os projetos pautados, havia propostas de emenda constitucional (PEC), algumas polêmicas: como a dos magistrados, que permite a incorporação de benefícios que ultrapassam o teto constitucional; a dos cartórios, que dá a titularidade desses estabelecimentos a quem não fez concurso público; e a que permite a ampliação da jornada de trabalho dos caminhoneiros. A tentativa do esforço continua hoje, mas com uma pauta reduzida.
A PEC dos Cartórios era o primeiro item da pauta de ontem na Câmara. Também estava prevista a continuidade da votação do Plano Nacional de Educação (PNE). A sessão foi encerrada com o painel eletrônico registrando a presença de 244 deputados. Para abrir a sessão, 257 parlamentares precisam estar no plenário.
O ESTADO DE S.PAULO
Caso Alstom faz Suíça romper ajuda ao Brasil
Vazamento de informações sigilosas envolvendo Robson Marinho, do TCE, irritou autoridades
Aécio afirma que é o candidato da ‘confiança’
O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse ontem que sua vitória em outubro propiciaria o resgate da confiança na economia e um ambiente favorável às reformas tributária e política.
CPI preservará empresas
Mão na taça
Dilma bateu duas vezes na madeira antes de dizer que o Brasil será hexa
PT suspende deputado ligado ao PCC
Sem-teto ocupam o Othon Palace
VALOR ECONÔMICO
BC examina duas medidas para ativar venda de carros
BC resiste, mas avalia propostas da Fazenda para reaquecer o mercado de automóveis
É pesada!
Por insistência do presidente da Fifa, Joseph Blatter, a presidente Dilma Rousseff levantou ontem a Taça Fifa em evento no Palácio do Planalto, em Brasília. Dilma convidou os brasileiros para que sejam “parceiros na realização de uma Copa sem racismo, sem discriminação e sem violência”
Trunfos de Dilma em 2010 viram revezes
Nos seis Estados em que garantiu a vantagem de 12,6 milhões de votos sobre Serra PT enfrenta dificuldades
Aécio diz que Dilma faz Pimentel cair
Para tucano, visitas a Minas levam à queda de petista em pesquisas
Lindbergh recua até convenção do PMDB aprovar chapa
Os principais pré-candidatos na corrida eleitoral do Rio de Janeiro começam a testar suas estratégias para a disputa.
Futebol campeão foi política do Estado
Após derrota em 1950, oposição explorou corrupção nas obras
Maia propõe diligências nos Estados Unidos e Holanda
O deputado Marco Maia (PT-RS), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI mista) criada no Congresso para investigar operações da Petrobras propõe, em seu plano de trabalho, que os primeiros convocados para depor sejam o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, que está sendo investigado pela Operação Lava-Jato. A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-presidente José Sérgio Gabrielli seriam ouvidos posteriormente.
Sem MPs, pauta se abre a projetos de iniciativa do Congresso
Depois de várias semanas tomada por projetos do governo, as pautas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal estão livres de medidas provisórias e abriram espaço para projetos de autoria do próprio Legislativo. Ao todo, são 40 propostas com relevância econômica pautadas para votação nesta semana em plenário ou em caráter terminativo nas comissões (quando dispensam votação em plenário), mostra o Valor Política.
Presidente da CPI da Petrobras diz que investigação terá ‘surpresas’
Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) afirma que o fato de pertencer à base aliada não influenciará seu papel na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a estatal
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Odebrecht critica nova regra para aeroporto
A maior empresa brasileira de engenharia decidiu expor publicamente suas preocupações em torno da mudança de regras para viabilizar a construção de um novo aeroporto na Região Metropolitana de São Paulo. O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, falando pela primeira vez sobre o assunto, deixou claro ao Valor que não aceitará passivamente uma eventual autorização do governo ao futuro aeroporto de Caieiras (SP).
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A Pilgrim’s Pride, subsidiária americana da brasileira JBS, planeja elevar sua oferta pela Hillshire Brands, de acordo com pessoas a par do assunto. A nova oferta atribuiria um valor de mercado à Hillshire de US$ 55 por ação, ou mais de US$ 6,7 bilhões. A oferta anterior era de US$ 6,4 bilhões
CORREIO BRAZILIENSE
Corte de apadrinhados fica apenas no discurso
O discurso de austeridade por meio do corte de terceirizados e de comissionados, repetido várias vezes pelo líder do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não tem surtido qualquer efeito na prática. Ao contrário do prometido, o número de apadrinhados cresceu nos últimos oito meses. Em setembro de 2013, o Correio mostrou que eles já eram maioria: 3.228 ante 3.037 efetivos. De lá para cá o total de comissionados cresceu, foi para 3.252, enquanto o de efetivos caiu para 2.962. O predomínio dos cargos ocupados por pessoas que não prestaram concurso também ocorre na outra Casa Legislativa: na Câmara há 11.817 postos sem vínculo — de secretariado e de natureza especial — e 3.344 servidores.
“O Congresso está indo na contramão do que seria uma administração moderna. O que se pretende numa gestão de pessoal é um efetivo estável, concursado, treinado e motivado”, reclamou o fundador da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco.
Em fevereiro do ano passado, o presidente do Senado reafirmou a proposta que havia feito no discurso de posse e prometeu uma redução de 25% dos cargos comissionados, uma economia, segundo ele, de R$ 26 milhões. Só nos cinco primeiros meses deste ano a Casa gastou R$ 149,2 milhões com esses funcionários.
Congresso em ritmo de férias antecipadas
Naufragou o primeiro dia de esforço concentrado marcado pelos parlamentares para tentar votar algo antes do recesso para as convenções partidárias e para a Copa do Mundo, que começa daqui a nove dias. Durante os jogos, estão previstas apenas duas sessões deliberativas. Na Câmara, às 20h20 de ontem, apenas 244 dos 513 parlamentares haviam marcado presença, o que fez com que o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cancelasse a ordem do dia. No Senado, nem sequer teve sessão, sob a alegação de que não poderia haver votações concomitantemente com a apresentação do plano de trabalho da CPI mista da Petrobras.
Se os deputados e senadores resolverem começar a votar hoje algum item da pauta prevista esta semana, isso não significa que o resultado necessariamente será bom para o país. Estão previstas uma série de iniciativas legislativas que produzem “bondades eleitorais” ou que, simplesmente, corroem a já combalida saúde fiscal brasileira. No fim do ano passado, a presidente Dilma Rousseff convocou os líderes da base aliada para que, juntos, se comprometessem a não aprovar a chamada pauta bomba que provocasse rombos nos cofres públicos.
A proximidade do ano eleitoral e a relação conturbada do Palácio do Planalto com a própria base de apoio coloca sob ameaça esse acordo. “O governo terá que se alinhar com a base aliada. Esse desalinhamento em ano eleitoral nunca é bom”, alertou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), um dos que não tem muitas razões para se regozijar na relação com o governo federal.
Reajuste para a PF evitará greve na Copa
Aos 85 anos, o ex-juiz Lalau ganha indulto e ficará livre da cadeia
PT suspende deputado por ligação com o PCC