Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo no Senado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, alegou que um dos motivos para os atrasos nos aeroportos brasileiros é o uso do aeroporto de Congonhas como ponto de distribuição de vôos.
O ministro reclamou do espaço interno dos aviões que, segundo ele, atendem aos interesses financeiros das companhias, mas não às necessidades dos usuários. Jobim afirmou que conversará com as companhias aéreas para que haja uma reestruturação da malha aérea e maior cuidado com a manutenção das aeronaves.
Nelson Jobim também destacou a necessidade de se melhorar o acesso aos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e de Viracopos, em Campinas. “Temos que construir vias-expressas para esses aeroportos”, disse, acrescentando que há reformas previstas para todos os três principais aeroportos de São Paulo.
Mas, para o ministro, outras medidas precisam ser tomadas para desobstruir os aeroportos. Uma saída apontada por ele para a crise aérea é a retomada da malha ferroviária brasileira para fazer ligações como a entre Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo.
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“Estou no cargo há pouco tempo, e confesso que ainda não tive tempo para analisar a situação por completo. Mas a minha intenção no Ministério da Defesa é resolver o problema institucional e recompor os problemas operacionais e estruturais. Quero, com pulso firme, tomar medidas de curto, médio e longo prazo para colocar ordem na situação”, afirmou o ministro. (Soraia Costa)