Em seu depoimento à CPI do Apagão Aéreo no Senado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que mudanças na legislação são necessárias para se evitar a sobreposição de interesses e atribuições entre os órgãos responsáveis pelo setor aéreo.
“A lei estabelece as diretrizes e as agências simulam isso. Agora se você não tem essas atribuições fica difícil trabalhar”, disse o ministro, acrescentando que o responsável pelo estabelecimento das diretrizes é o Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac).
Nelson Jobim não quis falar sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo, mas também não descartou essa possibilidade. Ele também afirmou não ter sentido discutir agora se a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) precisa ser extinta. “Não discuto teses, teorias, discuto resultados", garantiu. "Não me interessa discutir desmilitarização, mas o que funciona ou não", completou o ministro.
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Para Jobim, o importante agora é priorizar a segurança muito mais que o conforto dos passageiros. O ministro estabeleceu um ranking para o que considera essencial no setor aéreo. Em primeiro lugar está a segurança; em segundo, a regularidade; e, por último, a pontualidade. "É nessa ordem. Eu posso sacrificar a pontualidade pelo bem da segurança, mas não posso sacrificar a segurança em prol da pontualidade". (Soraia Costa)