Em visita aos aeroportos de São Paulo, hoje (11), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que todas as decisões importantes sobre o setor aéreo terão de passar pela aprovação do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac).
Segundo ele, o Conac funcionará como “cabeça central” do setor e será responsável pela fixação de diretrizes para nortear o funcionamento da Agência Nacional Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero). O ministro ressaltou que não vê problema na existência das estatais, mas que é importante centralizar as decisões.
"Não vejo problema na existência de todas estas entidades que operam: a Aeronáutica, a Anac e a Infraero. A questão é ter um Conac vertebrado, ou seja, com a capacidade de fixar as diretrizes. E isso já está acontecendo", avaliou o ministro.
Além dos diretores da Infraero e da Anac, participam do Conac os ministros da Fazenda, do Turismo, das Relações Institucionais, do Comércio Exterior e do Planejamento, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e os diretores do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e do Departamento de Política de Aviação Civil (Depac). O ministro da Defesa, Nelson Jobim, é o presidente do conselho.
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Como solução de curto prazo para a crise, a idéia de Nelson Jobim é fazer uma reestruturação da malha aérea brasileira para desafogar os aeroportos de São Paulo e estimular os vôos regionais. O ministro acredita que um dos principais problemas da crise aérea é que o aeroporto de Congonhas havia se tornado um centro de distribuição de vôos.
"Queremos fazer com que Congonhas volte à sua capacidade nominal", disse Nelson Jobim, explicando que hoje o aeroporto recebe cerca de 6 milhões de pessoas a mais do que sua capacidade limite. "46% dos vôos que passavam por Congonhas tinham como destino o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste. E isso em um aeroporto que não tem possibilidade de expansão e nem área de escape", completou o ministro.
Obras
Na próxima semana representantes do ministério da Defesa, da Anac e da Infraero estão com reunião marcada para discutir o cronograma de obras do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Apesar da reforma definitiva da pista principal e a construção de uma terceira pista estarem previstas para 2008, já estão sendo feitas obras para resolver os problemas mais urgentes.
Desde o dia 1º e até o dia 21 deste mês a pista principal do aeroporto está sendo fechada das 12h às 17h para a realização de manutenção no asfalto, determinada pela Infraero. A partir do próximo mês, a Infraero pretende começar a reforma dos 1.300 metros iniciais da pista. Em seguida será feita a reforma dos 1.000 metros finais, para só então a pista ser fechada para o reparo dos 1.400 metros do meio. (Soraia Costa)
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Última atualização às 20:47.