O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator do processo em que o deputado Antônio Palocci (PT-SP) é acusado de envolvimento com a máfia do lixo em Ribeirão Preto (SP), quando o petista ocupou a prefeitura do município. Palocci foi denunciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica.
Em 2005, o petista foi indiciado no inquérito sobre a máfia do lixo. O empresário Rogério Burati denunciou que a prefeitura de Ribeirão, sob a administração de Palocci, recebia R$ 50 mil mensais da empreiteira Leão & Leão. Burati recuou em suas acusações, contudo, o processo continua tramitando.
A defesa do ex-ministro da Fazenda buscava um outro relator para o processo. Mas o entendimento da presidente do STF, ministra Ellen Gracie, era que Barbosa deveria relatá-lo, uma vez que já teria em seu gabinete uma ação semelhante.
Na segunda-feira passada (25), o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia ao Supremo contra Palocci por suposta ordem de quebra de sigilo funcional do caseiro Francenildo de Souza. (leia mais)
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O escândalo resultou na saída de Palocci do Ministério da Fazenda em 2005. O petista foi acusado de mandar o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, violar o sigilo bancário do caseiro depois que Francenildo declarou à CPI dos Bingos que havia visto Palocci várias vezes numa mansão alugada em Brasília. Segundo a denúncia, o lugar era usado para festas com prostitutas e negociatas com lobistas. (Rodolfo Torres)