O relator do Inquérito 2245, ministro Joaquim Barbosa, acatou a denúncia de gestão fraudulenta de instituição financeira contra os quatro representantes do Banco Rural – o vice-presidente Operacional, José Roberto Salgado; a ex vice-presidente Ayanna Tenório; a dona do banco, Kátia Rabello, e o diretor Vinícius Samarane.
O voto do relator foi acompanhado em sua totalidade pelo ministro Cezar Peluso. O ministro Marco Aurélio Mello, apesar de aceitar a denúncia, fez uma ressalva quanto à classificação do crime. Ele argumentou que não havia provas suficientes para enquadrar os dirigentes do banco no artigo 4° da Lei 7.492/86, que trata da gestão fraudulenta, ou se a acusação era apenas de gestão temerária, cuja pena é menor.
O advogado do banco foi procurado pelo Congresso em Foco, mas não quis comentar a decisão.
Logo após a divulgação dos três votos, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Grace, encerrou a sessão. Amanhã o julgamento será retomado às 10h. Após encerrada a votação sobre a denúncia de gestão fraudulenta contra os dirigentes do Banco Rural, o relator continuará a ler seu parecer, que tem cerca de 300 páginas. (Soraia Costa)
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