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Durante a leitura do seu voto, que começou na tarde desta quinta-feira (16), ele disse que, de acordo com os registros do Banco Rural, os R$ 50 mil que foram parar nas mãos de João Paulo tinham como destinatário a SMP&B, empresa de Marcos Valério, a mesma responsável pelo depósito. Oficialmente, o dinheiro era para a agência. Somente mais tarde, na CPI dos Correios, é que foi descoberto que Márcia Cunha, mulher de João Paulo Cunha, sacara esse dinheito na agência do Banco Rural em Brasília.
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“Os órgãos de fiscalização não foram informados da operação. Não havia registros, exceto nos documentos informais que foram descobertos em mandados de busca e apreensão nestes autos”, disse Barbosa. De acordo com o relator, um funcionário do Rural em Belo Horizonte (MG) enviou um fax para a agência de Brasília autorizando o saque por Márcia.
Isso, na visão de Barbosa, era uma forma de despistar o autor do verdadeiro beneficiário. Se João Paulo Cunha fosse até a agência, por ser deputado e, na época, presidente da Câmara, poderia chamar a atenção e ser descoberto. “A defesa diz que o réu não teria tentado ocultar o valor. No entanto, o crime se consumou”, disse Barbosa.
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