O ex-presidente da Câmara e deputado João Paulo Cunha (PT-SP) disse hoje que não cogita renunciar ao mandato. O petista, que está na lista dos 13 parlamentares apontados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão como beneficiários dos recursos do “valérioduto”, disse que está tranqüilo para enfrentar um processo de cassação no Conselho de Ética.
“A minha decisão é não renunciar. Cada deputado avalia a sua situação. Eu estou super tranqüilo para enfrentar o processo”, disse João Paulo. A Mesa Diretora deve encaminhar o pedido de abertura de processos ao Conselho na próxima semana. Uma vez iniciados, os parlamentares citados no relatório não podem mais renunciar ao mandato para preservar seus direitos políticos. Se cassados, eles ficam inelegíveis até 2015.
João Paulo está envolvido em denúncias desde que sua mulher foi apontada, pelo empresário Marcos Valério, como sacadora de R$ 50 mil das contas da agência SMP&B no Banco Rural, em Brasília. Segundo o deputado, o dinheiro foi retirado a mando do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para pagar dívidas de campanha.
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“O dinheiro era do partido. Apresentei declaração do tesoureiro dizendo que ele indicou o lugar e o valor. Mostrei o trabalho realizado com aquele dinheiro. Por que eu preciso tomar pena por causa disso?”, indagou o deputado.
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