Ao final de um discurso de 50 minutos, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) criticou duramente a imprensa. Segundo ele, a imprensa brasileira deveria expor claramente suas opiniões políticas, como ocorre em outros países. No Brasil, na sua opinião, as opiniões dos veículos de comunicação muitas vezes não são explícitas nos editoriais, mas conduzem a distorções na cobertura dos fatos.
"É muito ruim isso", declarou, ao afirmar que em outros momentos da história nacional as posições dos jornais eram mais claras, permitindo à sociedade distinguir opinião de informação.
Num discurso menos empolgante que o do relator Cezar Schirmer (PMDB-RS), porém mais aplaudido ao final, o ex-presidente da Câmara pediu a absolvição, considerando injustas as acusações de que foi alvo e lamentando ter sido "carimbado" por elas. "Vossas excelências não estarão absolvendo uma pessoa do mal", declarou, dirigindo-se aos deputados.
"Dediquei a maior parte da minha vida no povo. Não acumulei riquezas", afirmou. "O que tenho é o suficiente para a minha vida, quero a minha honra de volta".
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