Acusado de ter recebido R$ 79 mil da empresa de transporte aéreo de cargas Beta, o deputado João Herrmann Neto (SP) entrega, ao meio-dia, sua defesa ao presidente do PDT, Carlos Lupi, na sala da liderança do partido na Câmara. Ele foi afastado temporariamente do PDT após o surgimento da denúncia, na última sexta-feira.
A empresa é investigada pela CPI dos Correios por supostas irregularidades em contratos com a estatal. Herrmann é amigo do presidente da Beta, Ioannis Amerssonis, e afirma na nota que os pagamentos se referiam "às despesas realizadas com o carro Volkswagen, modelo Passat, importado, blindado, placas DCA 0450, que ficava disponível para os compromissos das crianças e familiares em comum na cidade de São Paulo ou em viagens".
Ainda de acordo com a nota, as despesas variáveis de combustível, pedágios, estacionamento, oficina e pequena manutenção, quando pagas por pedetistas, "eram ressarcidas por Ioannis de forma legal, transparente, em conta bancária pessoal aberta há mais de 20 anos no banco Citibank, contabilmente registradas".
Depois da divulgação dos depósitos, o PDT anunciou a suspensão da filiação de Herrmann, mas a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara ainda não recebeu os documentos necessários para efetivar a decisão.