Ao contrário do que disse o seu colega de partido, Osmar Dias (PDT-PR), o senador Jefferson Péres (PDT-AM) declarou, no início da noite de hoje (13), que vai se abster de votar a proposta que prorroga a cobrança da CPMF na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois do acordo anunciado pela base governista, o voto de Péres era dado como certo pelos governistas em favor da renovação da CPMF. Hoje, os governistas conseguiram um trunfo a mais na comissão, a saída de Pedro Simon da votação.
"Aqui vou me abster. Lá (no plenário) não me absterei. Aqui me abstenho como quem diz ao governo: essa proposta não me convenceu, nós vamos conversar", justificou o líder do PDT. Ao deixar a CCJ, Péres afirmou que Osmar Dias lhe telefonou depois da reunião com o governo e foi informado de que ele votaria contra a proposta.
O líder do PDT disse que ficou até satisfeito com a redução da alíquota da CPMF, de 0,38% para 0,30%. Entretanto, o problema está na limitação dos gastos públicos, considerada muito vaga por ele e sem previsão de data para acontecer. “Ele [Romero Jucá, líder do governo na Casa] não disse quando o governo vai mandar um projeto de lei nesse sentido”, contou Péres.
Ele quer a contenção explícita dos gastos públicos correntes. “Se o governo disser que, dentro de 30 dias, vai mandar para o Congresso, um projeto de lei complementar que instituirá um mecanismo, que pode até definir, que os gastos correntes não continuarão se expandindo de forma descontrolada, será a palavra oficial, não uma promessa vaga.” Péres deixou uma porta aberta para a negociação. (Eduardo Militão)
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Atualizada às 19h05