O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) virou alvo de representação no Conselho de Ética em função de uma cusparada dada em Jair Bolsonaro (PSC-SP), durante a sessão de votação do impeachment de Dilma Rousseff, no dia 17 de abril. A decisão foi tomada após reunião da Mesa Diretora nesta terça-feira (13), e o caso foi encaminhado ao colegiado no dia seguinte pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo o corregedor da Câmara, Carlos Manato (SD-ES), seis pessoas acionaram o órgão para denunciar o deputado em função do episódio. “Achamos que deveria ir para o Conselho de Ética porque o grau de infração era um grau que, segundo o nosso código de ética, merece uma suspensão de mandato”, disse Manato. Ele esclarece que agora cabe ao colegiado avaliar se a suspensão será aplicada e o prazo.
Relembre
Depois de anunciar seu voto contrário ao afastamento de Dilma e de chamar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de “canalha”, Jean cuspiu em Bolsonaro. Na ocasião, instalou-se um pequeno tumulto em plenário, e o filho de Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), tenta revidar a agressão, mas Jean se desvencilha de parlamentares que o cercavam e deixa o local (veja no vídeo abaixo).
Em sua página no Facebook, o deputado do Psol explicou que foi insultado pelo parlamentar do PSC. “O deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando ‘veado’, ‘queima-rosca’, ‘boiola’ e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída”, contou. Jean Wyllys disse que não se envergonha do que fez e que não saiu do “armário” para ficar quieto ou com medo desse “canalha”. Segundo ele, Bolsonaro cospe o tempo todo na democracia e nos direitos humanos.
Assista a gravação com o momento da discussão:
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