Em curto pronunciamento proferido há pouco no plenário do Senado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) manifestou gratidão ao apoio que vem recebendo de parlamentares de partidos diversos em relação ao seu afastamento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. (leia mais)
“Ninguém tem a obrigação de se submeter a essas medidas pequenas e tacanhas, que têm levado esta Casa à sarjeta”, bradou Jarbas, referindo-se às manobras que a chamada “tropa de choque” de Renan Calheiros (PMDB-AL) tem executado para livrar o presidente da Casa dos projetos a que responde no Conselho de Ética.
Com palavras firmes, o senador pernambucano fez críticas à direção de seu partido e agradeceu a solidariedade que tem recebido contra a “torpeza que cometeram comigo e com o senador Pedro Simon na última quinta-feira”, mencionando a data do afastamento (último dia 4), também impingido a outro senador peemedebista que integrava a Comissão, o gaúcho Pedro Simon.
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Um dos principais opositores de Renan Calheiros dentro de seu próprio partido, Jarbas apontou a crise protagonizada pelo senador alagoano como o epicentro do mal-estar por que passa o Senado. “A Casa inteira foi atingida, porque, se fizeram isso conosco, podem fazer com qualquer senador”, avisou o senador, que ressaltou, entretanto, que o cenário pode ser revertido. “Uma maioria democrática não ficará subserviente a esta situação, que vai ficar favorável”, acredita.
Também presente à sessão plenária não-deliberativa em curso neste momento, o senador Mão Santa (PMDB-PI) fez coro ao desabafo de Jarbas Vasconcelos: “Tenho como princípio que ninguém tem o direito de tirar de uma comissão um senador que foi previamente destinado para ela”, sentenciou. (Fábio Góis)
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