A Justiça entendeu que o agente federal, em conjunto com outros investigados, facilitava a entrada de contrabando no Brasil, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu. Newton Ishii ficou conhecido durante as ações da Operação Lava Jato por ser o responsável por encaminhar os presos e conduzidos coercitivamente para a Superintendência de Curitiba.
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Ele sempre aparecia ao lado de presos importantes da Lava Jato. Em fevereiro deste ano, quando estava de férias, foi a Brasília visitar o Congresso Nacional. Na ocasião, Ishii foi tietado por parlamentares e servidores do Legislativo. O policial chegou a ser cotado para se candidatar a um cargo público. Porém, à época, afirmou ao Congresso em Foco que nem pensava em participar da política partidária.
No Carnaval deste ano, o “Japonês da Federal” foi homenageado com um boneco gigante na tradicional folia de rua em Olinda (PE). Também foram confeccionadas máscaras inspiradas em seu rosto e compostas até marchinhas de bloco de rua.
Funcionário da Polícia Federal desde 1976, Newton Ishii foi chefe do Núcleo de Operações da PF em Curitiba e chegou a ser expulso da corporação em 2003, quando foi preso na Operação Sacuri. Ele se aposentou no mesmo ano. Em 2014, teve a aposentadora revogada e foi reintegrado à corporação. Agora, com o início do cumprimento da pena, voltou a ser afastado da PF.
O folclore em torno de Ishii aumentou quando, em gravação feita por Bernardo, filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, ele foi citado e chamado de o “japonês bonzinho” suspeito de vazar dados da Lava Jato. Na gravação, o então senador Delcídio do Amaral (MS) oferecia rota de fuga e dinheiro à família de Cerveró para que o ex-diretor não fizesse acordo de delação premiada. O episódio resultou na prisão de Delcídio por quase três meses e na cassação de seu mandato pelo Senado.
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