Os indícios, segundo o procurador-geral, foram encontrados no celular do ex-diretor financeiro da UTC Walmir Pinheiro. Os investigadores também apreenderam uma manuscrito com o valor de R$ 100 mil associado ao nome de Mendonça Filho, junto com dados bancários de uma conta para doação em nome do Democratas.
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“Curioso observar que na prestação de contas oficiai da campanha do deputado Mendonça Filho, há o registro de doação de exatos R$ 100 mil pelas empresas Construtora Odebrecht e Queiroz Galvão, cada. Ainda a UTC Engenharia efetuou doação de R$ 100 mil ao Diretório Nacional do DEM no dia 5 de setembro de 2014 e outra quantia de igual valor em 5 de agosto de 2014”, escreveu Janot. O pedido de investigação foi entregue em 26 de janeiro ao STF, mas só ontem foi divulgado porque tramitava de maneira oculta. Não há informação se a autorização foi concedida.
O ministro nega ter recebido diretamente doação da empreiteira naquela eleição. Segundo ele, o repasse foi feito legalmente ao partido. “O deputado foi, à época, procurado por interlocutores da UTC oferecendo doação legal no valor de R$ 100 mil. Neste contato, Mendonça Filho disse que não queria essa doação, mas se a empresa quisesse doar para o partido o fizesse. A doação foi feita ao partido de forma legal e está registrada na prestação de contas do partido de 2014, junto à Justiça Eleitoral”, diz a nota.
Em reunião no Palácio do Jaburu ontem, o presidente interino discutiu com ministros e outros assessores próximos os desdobramentos das delações premiadas que envolvem integrantes do governo. O temer do peemedebista é que as acusações desgastem o seu governo e dificultem a aprovação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado. O próprio Temer é acusado pelo ex-presidente da Transpetro, réu confesso e delator, de ter pedido R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo.
Na quinta-feira, o ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves entregou o cargo após ter seu nome associado ao esquema de corrupção na Petrobras. Flagrados em conversas em que criticavam a Lava Jato, Romero Jucá e Fabiano Silveira deixaram os ministérios do Planejamento e da Transparência.
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