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Além da prisão, Renan é alvo de pedido de afastamento da presidência do Senado e de suspensão do mandato de senador, a exemplo do que ocorreu com o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conforme fonte ouvida pelo Globo. Janot também pede a prisão de Cunha por tentativa de obstruir as investigações.
Segundo a reportagem de Jailton de Carvalho, os investigadores consideram os indícios de conspiração, captados nas gravações e reforçados pelas delações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e de seu filho Expedito Machado, mais graves que as provas que levaram Delcídio Amaral à prisão, em novembro do ano passado, e à perda do mandato, em maio. A avaliação, prossegue O Globo, é de que enquanto Delcídio tentou manipular uma delação, a do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, Renan, Sarney e Jucá planejavam derrubar toda a Lava Jato.
Em depoimentos de sua delação premiada, Sérgio Machado disse ter distribuído R$ 70 milhões em propina para Renan, Sarney e Jucá, entre outros integrantes da cúpula peemedebista nos 12 anos em que esteve à frente da subsidiária da Petrobras.
No áudio que levou à sua demissão do Ministério do Planejamento, pouco mais de uma semana após sua nomeação, Jucá defende a troca de governo e um pacto para “estancar a sangria” da Lava Jato. Em outra gravação, Renan sugere mudança na legislação para impedir que presos façam delação premiada – esse mecanismo é a base da Lava Jato. Já Sarney sugeriu a escalação de dois advogados — Cesar Asfor Rocha, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Eduardo Ferrão — para uma conversa com Teori Zavascki a fim de evitar uma eventual prisão de Machado.
Segundo o Globo, a Procuradoria-Geral da República considera que Renan, Jucá e Sarney pretendiam obstruir as investigações sobre a organização acusada de desviar dinheiro de contratos entre grandes empresas e a Petrobras. Os três peemedebistas negam qualquer tentativa de dificultar as apurações da Lava Jato assim como qualquer participação em irregularidades.
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