Nos 83 pedidos de abertura de inquéritos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estão algumas das principais lideranças do Congresso Nacional. Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal para investigar os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e cinco ministros do governo Michel Temer: Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações) e Bruno Araújo (Cidades).
Rodrigo Janot também solicitou ao STF que apure o envolvimento na Lava Jato de cinco dos mais influentes parlamentares dos dois maiores partidos governistas: os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA).
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Nos documentos entregues nesta terça-feira (14) ao Supremo, o procurador-geral também cita os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que, por não terem mais foro privilegiado, deverão ser investigados em primeira instância. O mesmo se aplica a outros dois quadros do PT, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega.
Também é citado na documentação entregue hoje ao STF o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Nesse caso, há declínio de competência para o Superior Tribunal de Justiça, a quem cabe processar e julgar governadores.
Os pedidos de investigação e todos os procedimentos solicitados pelo procurador-geral da República têm por base as delações de acionistas e executivos do grupo Odebrecht.