“Se alguém recebeu dinheiro do petrolão em meu nome, está me devendo esse dinheiro. Espero que o assunto seja aprofundado e, efetivamente, seja esclarecido, porque eu não tive nenhuma participação nesse evento”, discursou Jader.
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De acordo com reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo e pela revista Época, no fim de semana, Baiano afirmou que parte da propina em contratos da Petrobras com empresas privadas era direcionada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao líder do governo na Casa, Delcídio do Amaral (PT-MS), ao ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e ao senador paraense. Segundo o lobista, os três deveriam receber US$ 6 milhões pelo negócio de um navio-sonda da Petrobras.
Jader afirmou que nunca tinha ouvido falar de Baiano até o surgimento do nome do empresário nas investigações da Lava Jato. “Não conheço o senhor Fernando Soares e confesso também que nunca tinha ouvido falar nesse senhor. Nunca tinha ouvido falar até que ele surgisse no noticiário dessa operação denominada de Lava Jato. Cheguei a perguntar a vários companheiros do partido e digo que nenhum deles a quem eu perguntei sabia da existência ou conhecia esse senhor”, declarou.
O senador também minimizou sua relação com o lobista Jorge Luz, apontado por Baiano como responsável pelo pagamento ao peemedebista. “Tem mais de 22 anos que não tenho nenhum contato com esse cidadão”, disse Jader, que disse ter mantido contrato de consultoria de Jorge Luz, na área de saneamento, no período em que governou o Pará, nos anos 1980.
No último sábado, após a publicação das reportagens, Jader divulgou nota em que prometia pedir a convocação de Fernando Baiano e Jorge Luz na CCJ. Mas, segundo o senador, esse tipo de audiência não está entre as atribuições da comissão. Renan e Delcídio também negaram ter recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras.
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