O Conselho de Ética vai trabalhar informalmente durante janeiro, caso a presidência da Câmara não aprove uma convocação extraordinária para o recesso. A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, Ricardo Izar (PTB-SP). Ele defende que essa é a única forma de concluir, antes do Carnaval, os oito processos abertos, a pedido das CPIs, contra os parlamentares apontados como beneficiários do suposto mensalão.
O deputado acrescentou que pode até convocar testemunhas para depor durante o recesso, nos casos em que os parlamentares acusados concordarem com a continuidade dos trabalhos. "Se não houver convocação, vamos nos reunir informalmente e tocar alguns casos com a anuência do representado. Somente com a permissão do deputado representado, e dos seus advogados, podemos avançar com os trabalhos, sob pena de anulação do processo depois", afirmou Izar.
Em reunião com os presidentes da Câmara e do Senado e com lideres partidários, Izar defendeu a aprovação imediata do projeto de decreto legislativo que acaba com a remuneração para a convocação extraordinária.
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"Se o Conselho trabalhar durante o recesso, teremos oito processos prontos para votação no dia 15 de fevereiro. Se não trabalhar, estes oito processos só serão retomados em fevereiro, e estariam prontos para votação apenas no final de março", explicou.
Izar informou que já esta marcada, para o dia 15 de fevereiro, quando começa o próximo ano legislativo, uma reunião com todos os relatores de processos em andamento no Conselho.