No primeiro dia à frente da presidência da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) conversou com o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP) e dele recebeu uma missão: cobrar do corregedor, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), que envie separadamente ao colegiado os processos contra os 15 deputados acusados de participação no esquema do mensalão.
Ricardo Izar disse a Aldo que o conselho está sobrecarregado e, por isso, precisa que a Corregedoria adiante os trabalhos. O deputado do PTB sugeriu, por exemplo, que o órgão arquive os processos que não tenham provas. “Os processos já estão separados e instruídos, inclusive com sugestões de penalidades”, afirmou.
O presidente do conselho disse também que não teme que Aldo possa causar algum entrave aos processos de cassação. “Ele é um homem sério e vai levar as investigações adiante”, afirmou. O medo era de que Aldo protegesse algumas peças importantes do governo envolvidas nas denúncias, como o deputado e ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT-SP).
O próprio Aldo fez questão de afastar essas suspeitas. “O Plenário terá condições de punir os que precisam ser punidos e absolver os que devem ser absolvidos”.
Deixe um comentário