O presidente da CPI dos Grampos na Câmara, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), pediu hoje (2) que o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Milton Campana, seja ouvido pela comissão de inquérito. Segundo o diretor afastado do órgão, Paulo Lacerda, foi Campana que tratou da colaboração da Abin com a Polícia Federal na Operação Satiagraha.
O requerimento vai ser votado na tarde de hoje, na mesma sessão em que a CPI ouve o chefe da Segurança Institucional da Presidência, ministro Jorge Armando Félix. Para Itagiba, ele terá que explicar se a Abin fez mesmo um grampo no telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e porque houve o afastamento da direção da agência.
A CPI quer saber quem foi responsável pelas escutas, se houve um comando da direção da agência, se haverá punição pelo crime e quais as medidas adotadas para que isso não se repita.
Itagiba evitou comentar se foi acertada ou não a decisão do presidente Lula de afastar Paulo Lacerda da Abin, após o escândalo no grampo no STF. “Minha função é investigar.”
O presidente da comissão acredita que Lacerda não precisa ser ouvido novamente pela CPI. “Ele já veio aqui e já disse o que tinha que dizer.” (Eduardo Militão)
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