Apesar da trégua de 48 horas anunciada na noite de domingo, o governo israelense continua fazendo novos ataques no Líbano. Um porta-voz do exército de Israel informou que 20 militantes do Hezbollah foram mortos hoje nas vilas libanesas de Taibe, Adayseh e Rob Thalantheen, todas no sul do país.
Já a milícia armada xiita Hezbollah, informa a BBC, afirma que matou três soldados de Israel, também no sul do Líbano.
Em reunião realizada ontem (segunda, 31), integrantes do gabinete chefiado pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, decidiram aumentar a ofensiva terrestre contra o Líbano.
Israel concordou em suspender os ataques por 48 horas para possibilitar uma investigação sobre o bombardeio do vilarejo de Qana, no qual pelo menos 54 civis (37 crianças) foram mortos no último domingo.
Questionado pelos jornalistas, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Mark Regev, declarou: “Nunca dissemos que interromperíamos nossa operação contra o Hezbollah. Nós dissemos que enquanto se investiga o que aconteceu exatamente em Qana, limitaríamos nossas operações aéreas”.
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O objetivo prioritário do governo israelense agora é retirar o Hezbollah do sul do Líbano, região fronteiriça a Israel. Segundo o ministro da Infra-estrutura israelense, Binyamin Ben-Eliezer, o Exército precisará de mais dez a 14 dias para fazer isso.
De acordo com uma fonte ouvida pela BBC, “o bombardeio israelense ao Líbano vai ser retomado ‘com força total’ depois que expirar o prazo de 48 horas”.
No Irã, o aiatolá Ahmad Jannati conclamou todos os países muçulmanos a enviarem armas para que o Hezbollah possa enfrentar Israel.