Em protesto ao não cumprimento de um acordo feito em 2005 com o governo federal, os funcionários do INSS iniciaram ontem uma paralisação de 72 horas em 19 estados e no Distrito Federal. A mobilização pode se estender por mais dias caso as reivindicações não sejam atendidas, afirmou ontem o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, Pedro Luís Totti.
"A nossa base está chamando a greve para alertar o governo no sentido de que as coisas precisam começar a acontecer porque, se não, não vamos ter alternativa senão começar a discutir a greve por tempo indeterminado", disse.
O ministro da Previdência, Nelson Machado, classificou a greve como inaceitável. Segundo ele, o governo está cumprindo à risca o acordo que fez com a categoria ano passado e, portanto, não há motivo para protestos. Machado afirmou ainda que os faltosos terão o salário descontado. "A lei é clara e eu cumpro a lei."
O acordo de 2005 prevê o pagamento da primeira parcela de 3,2%, em março deste ano, referente à reposição de 47,11% que deverá ser totalmente paga em cinco anos. Este ponto não foi cumprido porque, segundo o governo, em março o Orçamento Geral da União não havia sido aprovado pelo Congresso Nacional.
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Os servidores também reivindicam um plano de cargos e salários, melhores condições de trabalho e de atendimento à população.