Três inquéritos que investigam parlamentares estão na pauta no Supremo Tribunal Federal (STF) da próxima quinta-feira (22). Os processos envolvendo os deputados Paulo Maluf (PP-SP) e Takayama (PSC-PR) e o senador Lindergh Farias (PT-RJ) devem ser analisados pelos ministros da mais alta corte do país. Nesta fase, eles são considerados suspeitos de crimes. Caso o Supremo entenda que existem indícios suficientes, passam a responder como réus em ações penais.
O primeiro item da pauta é o Inquérito 2471, relatado pelo ministro Ricardo Lewandowski. Nele, Maluf é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional. Durante sua última gestão como prefeito de São Paulo, entre 1992 e 1996, ele foi acusado de desviar recursos públicos da construção da Avenida Água Espraiada para contas bancárias em paraísos fiscais. Maluf nega as acusações e afirma que não mantem recursos ilegais no exterior.
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Na sequência, a expectativa é que seja analisado o Inquérito 3155, contra Lindbergh Farias. Ele responde a crime de responsabilidade. Em maio, após o Congresso em Foco revelar que o petista é alvo de seis procedimentos no Supremo, a defesa dele afirmou que só se manifestaria quando fosse notificado dos processos. Lindbergh reforça que todas as peças processuais são referentes à época em que foi prefeito de Nova Iguaçu (RJ), cargo que ocupou por seis anos consecutivos. A ministra Cármen Lúcia é a relatora.
Por último, está o Inquérito 2652, que tramita em segredo de Justiça e tem como relator o ministro José Dias Toffoli. O investigado é o deputado Takayama, por crimes de peculato ou de estelionato qualificado, num esquema denominado “gafanhotos” na Assembleia Legislativa do Paraná, com sonegação de tributos federais. O parlamentar nega a acusação. Ele, inclusive, já pediu o trancamento do inquérito, quando o processo era relatado pelo ministro Carlos Alberto Menezes Direito.