O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) afirmou esta tarde, enquanto presidia a sessão na Câmara dos Deputados, que o projeto que os deputados vão votar hoje não se trata de um aumento, mas de “uma correção salarial”. Os deputados estão votando neste momento.
O projeto reajusta os vencimentos dos parlamentares de acordo com a inflação medida pelo IPCA nos últimos quatro anos, um total de 28,53%. Dos atuais R$ 12.847,20, o salário dos parlamentares passa para R$ 16.512,09. O projeto da Mesa Diretora da Casa prevê aumento retroativo a abril, quando o reajuste foi acertado, mas para começar a valer, ainda depende do plenário.
Inocêncio frisou que o último aumento salarial que os parlamentares tiveram foi em fevereiro de 2003. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi a São Paulo receber o papa Bento XVI, mas afirmou que voltará a Brasília ainda hoje para presidir a sessão que reajustará o salarial dos parlamentares.
“Demagogia”
O deputado Luiz Sérgio (RJ), líder do PT na Câmara, afirmou que as lideranças do PSDB e do DEM se posicionaram a favor do aumento salarial dos parlamentares na reunião de líderes e entretanto, no plenário, se pronunciaram contra o reajuste. O petista classificou a atitude das lideranças desses partidos de oposição como “demagogia”.
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“Vamos votar, e quero ver quem tem palavra e quem não tem”, afirmou Inocêncio.
Oposição
O deputado Antônio Carlos Pannunzio (SP), líder do PSDB na Câmara, afirmou que os tucanos não mudaram de partido, apenas estão livres para votarem como quiserem. “O PSDB assume que tratou essa questão com o presidente da Casa. Sou favorável a esse aumento.”
O deputado Onix Lorenzoni (RS), líder do DEM, justificou que o encontro que teve com os líderes foi para declarar que o seu partido não iria obstruir a votação do projeto. (Rodolfo Torres)
(Texto atualizado às 15h20)
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