Em entrevista à GloboNews, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse ontem (1º) à noite que a situação nos aeroportos brasileiros estará normalizada até as 21h de hoje. O brigadeiro classificou como uma “afronta” a greve dos operadores de vôo. Segundo ele, o espaço aéreo brasileiro poderia ser interditado se o governo não tivesse cedido nas negociações.
Na semana passada, antes do início da novo protesto dos operadores, o presidente Lula havia cobrado data e horário para o fim da crise aérea.
A situação nos aeroportos começa a se normalizar depois do caos instalado na última sexta-feira (30). De acordo com a Infraero, o total de vôos atrasados no país até o início da noite de ontem foi pouco superior a 20%. Anteontem (sábado, 31), um dia depois de o governo selar o acordo que pôs fim à greve dos controladores de vôo, esse percentual chegou próximo de 40%.
A situação no domingo não foi nem de longe comparável ao caos ocorrido na sexta-feira, quando o movimento dos controladores parou os aeroportos brasileiros. Na grande maioria das cidades, os atrasos de vôos ficaram abaixo de 20%. Foi o caso, por exemplo, dos índices de atraso verificados no Galeão (Rio) e em Congonhas (São Paulo).
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Mesmo assim, os problemas persistem. Os cinco aeroportos com maior índice de atraso ontem foram os de Belém (42,3%), Salvador (38,5%), Brasília (31,9%), Recife (28%) e Guarulhos (26,4%).
De acordo com a Infraero, de 1.127 vôos previstos até as 18h20 de domingo, 230 tiveram atrasos de mais de uma hora, enquanto 18 (1,6%) foram cancelados.
Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a greve dos controladores de vôo afetou 18 mil passageiros apenas entre sexta e sábado. (Lúcio Lambranho e Edson Sardinha)