Em entrevista coletiva, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, admitiu hoje (24) que devido aos sucessivos atrasos nos vôos em todo o país, a situação do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, está “muito ruim”. Ele também afirmou que “se a situação permanecer, teremos uma situação caótica".
Entretanto, o brigadeiro reforçou que o governo "já tomou as medidas cabíveis" para minimizar os efeitos da crise aérea, reiniciada após o acidente com o Airbus da TAM em Congonhas, na semana passada, quando a aeronave explodiu ao colidir com o terminal de cargas da empresa. O caso é considerado o pior acidente aéreo da história do Brasil. Na ocasião, cerca de 200 pessoas morreram.
O presidente da Infraero também disse que está trabalhando para liberar a pista principal de Congonhas, principal aeroporto brasileiro, para diminuir os atrasos nos vôos em todo o país. Contudo, devido às chuvas que caíram ontem na capital paulista, a canaleta que ajuda no escoamento de água da pista rompeu, provocando um deslizamento de terra sobre o muro de contenção que separa a pista de pouso da avenida Washington Luís. (leia mais)
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"Na noite em que houve o deslizamento, pretendíamos abrir a pista. Mas a chuva em São Paulo prejudicou esse trabalho, o que nos impediu de reabrir", disse.
José Carlos Pereira também declarou que a determinação da Infraero para a pista principal de Congonhas é que as ranhuras que evitam o acúmulo de água na pista (conhecidas como “grooving”) seja feitas antes da sua reabertura. (Rodolfo Torres)