Siderúrgicas, mineradoras e empresas de papel e celulose ganharam mais que os bancos durante os três anos e meio do governo Lula, é o que revela reportagem da Folha de São Paulo.
Apesar dos investimentos no setor financeiro e na Petrobras ter sido alto no primeiro ano de governo, a partir de 2003 a participação de grandes empresas não-financeiras na economia aumentou. Durante o governo petista elas tiveram 162% de lucro líquido. Três vezes mais do que o alcançado no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.
O cenário externo favorável com o aumento da demanda pelos produtos foi um dos motivos para o crescimento. Somado a isso, a partir de 2003, o governo federal diminuiu a verba destinada ao sistema financeiro e a Petrobras, beneficiando os outros segmentos com ações na bolsa de valores. As conclusões levaram em conta o balanço de 193 empresas abertas.
O setor não-financeiro contribuiu com 64% da expansão de R$ 168,1 bilhões no lucro líquido do país. A Petrobras entrou com 21% e os bancos, com 15%.
Isso não significa que as instituições financeiras e a Petrobras ganharam pouco dinheiro sob a gestão petista. Pelo contrário. O lucro dos bancos aumentou nos últimos três anos 80,5%. Já a Petrobras, maior empresa do país, viu seu resultado líquido crescer 83% no período graças à alta do petróleo no mercado externo.
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