O assessor jurídico da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Marcos Joaquim Gonçalves, negou que a redução da jornada de trabalho seja garantia de mais empregos. “É difícil aumentar o emprego se vai aumentar os custos”, disse ele, hoje (3), no Salão Verde da Câmara, enquanto sindicalistas no plenário defendiam uma carga de 40 horas semanais.
Segundo Gonçalves, a França reduziu a jornada para 35 horas semanais, mas não houve criação de mais postos de trabalho. “O Brasil não tem que fazer isso”, afirmou o representante da Abdib.
O assessor jurídico acredita que a redução na jornada não deve ser estendida a toda a população por meio de legislação, mas por acordos setoriais, a depender da singularidade de cada categoria. “Hoje a gente vive um estado sadio.”
Para Gonçalves, as relações pioram quando se discute o tema por meio de lei e, principalmente, por Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como quer a Força Sindical. “Isso vai atravancar ainda mais as relações entre empregador e empregados”, avaliou.
Hoje, várias centrais sindicais entregaram abaixo-assinado com o apoio de mais de 1 milhão de trabalhadores pedindo a redução da jornada para 40 horas semanais sem diminuição de salários. Eles querem a aprovação da PEC 393/01, que trata do assunto.