Índios caingangues continuam com três reféns na Reserva Barão de Antonina, em São Jerônimo da Serra, norte do Paraná. Os caigangues querem que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) volte a negociar o pagamento de uma indenização pelo uso de terras da reserva. A Copel tem no local 14 torres de transmissão de energia.
Segundo a agência Brasil, os reféns são o antropólogo da Copel, Alexandre Húngaro da Silva, e dois funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviço para a estatal. "José Almir Torres Quintanilha, 28 anos, e seu irmão, Valmiron Torres Quintanilha, 30 anos, foram feito reféns na última quinta-feira(19), quando faziam o trabalho de inspeção de rotina na aldeia. O antropólogo foi ao local no dia seguinte tentar uma negociação e também foi dominado pelos índios", informa a agência estatal.
A Copel informa que o pagamento pelo uso da reserva, no valor de R$ 25 mil, é feito todos os meses e não está atrasado. A empresa de energia diz que o está sendo discutindo agora é uma indenização por danos culturais e ambientais da área. A Copel diz ter oferecido uma cota de R$ 1 milhão, mas os índios querem um valor maior.
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Já o representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Londrina, Marcos César da Silva, esteve na reserva na tarde de ontem (21). Ele informou a agência Brasil que, apesar do clima tenso na aldeia, os reféns estão bem. Segundo Marcos César, a administração da Funai em Londrina está tentando, por telefone, negociar a libertação das três pessoas. (Lúcio Lambranho)
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